sábado, 30 de agosto de 2014

Trabalhos científicos de Masuru Emoto sugerem que o Pensamento interfere na nossa realidade de forma concreta

Masuru Emoto é o nome do cientista que está a tentar provar que os nossos pensamentos, positivos ou negativos, podem influenciar fisicamente os elementos em nosso redor.

Uma das experiências que ficou mais conhecida é a experiência do arroz. Emoto colocou em três frascos, três porções iguais de arroz cozido. No primeiro frasco escreveu "Thank you, I Love you" (Obrigada, eu amo-te), no segundo "I Hate you, you fool" (Odeio-te, idiota) mas o terceiro foi completamente ignorado. Durante 30 dias pediu aos seus alunos que gritassem as frases que escreveu para os frascos.

Ao fim de 30 dias, o primeiro estava a fermentar e largava um aroma agradável, o segundo estava completamente preto e o terceiro era apenas um frasco de bolor, a caminho da decomposição. 




"As mensagens da água" é o nome de um outro conjunto de experiências levadas a cabo pelo cientista japonês, no qual ele submeteu moléculas da água a diferentes sentimentos humanos, pensamentos mas também músicas.

Através de um equipamento muito específico, conseguiu fotografar depois os cristais de água e a verdade é que estavam todos com formas bastante diferentes.
Se pensarmos que o nosso corpo é formado com 60% de água, dá que pensar não é?

Ficam as imagens da experiência.

Água exposta a Heavy Metal


A água exposta à música Imagine, de John Lennon


Água exposta à palavra Verdade


Água exposta à expressão "Enojas-me"


Água exposta à palavra Eterno


Água exposta à palavra Mal


http://www.chiadomagazine.com/2014/08/trabalho-cientifico-sugere-que-os.html

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Umbanda Esotérica - Curso EAD com Pai Rivas/TUO. Oportunidade Única!


Oportunidade imperdível de ouvir sobre a Umbanda Esotérica diretamente da fonte. Pai Rivas, Mestre Arhapiagha, único Sacerdote de 7º Grau do terceiro ciclo ordenado por W. W. da Mata e Silva, e que recebeu a sucessão da Raiz de Guiné, transferindo a TUO (Tenda de Umbanda Esotérica) para São Paulo. 


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Deus e o Cérebro

Neuroteologia: Deus e o cérebro




Existe alguma parte ou função do nosso cérebro que nos permita, nos facilite, nos garanta o contato com o sobrenatural? É uma pergunta a qual buscam responder, há vários anos, os especialistas do estudo do cérebro humano. Em muitas experiências religiosas, de diversas matrizes culturais e confessionais, vê-se que existe uma capacidade de se conectar com o transcendente, de superar o próprio eu. O êxtase, a experiência dos sufis, o samadhi e a iluminação das disciplinas orientais representam de forma específica esse ir além do próprio eu e representam em alguns casos o aspecto central da espiritualidade.

A reportagem é de Marco Tosatti, publicada no sítio Vatican Insider, 13-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os estudiosos observaram no passado que essa capacidade está ligada a um fenômeno particular, presente em algumas pessoas, a saber, o de minimizar o funcionamento do lóbulo parietal direito e enfatizar o uso de outras áreas. A oração e a meditação seriam os instrumentos úteis e necessários para desenvolver essa capacidade. E graças a esse treinamento seria possível desenvolver e melhorar a possibilidade de afinar a própria percepção com a dimensão espiritual.
Agora, Maria Beatrice Toro, psicóloga e psicoterapeuta, enfatiza um ulterior desenvolvimento da pesquisa nessa fascinante fronteira entre fé e ciência. "Os novos estudos – publicados no International Journal of the Psychology of Religion – mostram que a situação neurológica correspondente à experiência espiritual é mais complexa do que haviam pensado os primeiros estudos de Newberg e de D'Aquili: mais do uma área distinta, segundo os cientistas da Universidade do Missouri, se trataria de múltiplas áreas que se ativam segundo um esquema peculiar".
As pesquisas mais recentes não desmentem o dado de base aceca da menor atividade do lóbulo parietal direito. Mas apontam que outras áreas estão envolvidas nessa completa operação: o lóbulo frontal e também zonas subcorticais. "A espiritualidade, com base nesses estudos, aparece como algo dinâmico que utiliza diversas partes do cérebro para poder ser experimentada", escreve Toro. O lóbulo parietal direito cuida de áreas cerebrais dedicadas à orientação no espaço e no tempo, dois elementos que, na experiência da meditação profunda e da oração, desaparecem.
As técnicas de meditação, focalizadas na respiração, na oração, na concentração sobre um ponto, abrem a mente para experiências qualitativamente diferentes, de atenção a "algo maior". Brick Johnstone, professor de psicologia da saúde, estudou 20 indivíduos com um trauma cerebral que envolvia o lóbulo parietal direito, descobrindo que se sentiam menos concentrados sobre si mesmos e mais dispostos para a espiritualidade.
Além disso, as pessoas que vivem experiências religiosas profundas ativam o lóbulo frontal, enquanto se assiste à desativação parcial ou total, temporária, de algumas funções do lóbulo parietal direito.
A "neuroteologia" nos mostra que existe uma função ou um uso global do cérebro que gera um sentido de conexão com o transcendente. É interessante notar como a teologia clássica falava (e fala) de "sentidos espirituais", que, graças a essas pesquisas, encontram agora uma confirmação neurológica, nos mostram como é possível que se chegue a dimensões cognoscitivas peculiares da pessoa religiosa. Isso explicaria o "como". Responder o "por que" é outro assunto.
Justin Barrett, cientista que se ocupou várias vezes de temáticas religiosas – Cognitive Science, Religion and Theology (2011) e Born Believers: The Science of Children’s Religious Belief (2012) –, afirma que, embora haja provas científicas em favor de um fundamento biológico da crença religiosa, não é o seu trabalho no campo da ciência cognitiva que o levou a acreditar em Deus. Como muitos cristãos, ele teve a forte impressão de que há "significados mais profundos e uma finalidade nos eventos" que acontecem.

https://www.facebook.com/groups/neuroteologia/permalink/790263707691838/

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Obá! Como é descrita pelo Ifá!


ÓBA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O REINO NA TERRA

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Obatalá com sua voz de profundidades abordou Shangó: “Já é tempo de se casar Shangó. Não se preocupe que vou buscar uma Obini (mulher), para que te estabeleças e te tranquilizes”. Shangó, respeitoso, foi cabisbaixo, pois tinha que deixar a mulher que tanta ilusão e paixão lhe despertava: OYÁ.
Bússola
A escolhida por Obatalá era Óba, mulher culta, exótica, de grandes tranças negras como o carvão que brilhavam como lanternas na noite… Óba se encarregava de dar a seus irmãos orishás, todos os conhecimentos; era educadora por excelência e apaixonada em sua própria personalidade. Seu pai, Obatalá, sábio entre os sábios, disse: “Esta será a união perfeita, o mundo e nosso reino se beneficiarão até o fim da humanidade”. E todo o universo vibrou com os sons do festejo do dia em que Shangó e Óba uniram seus poderes e potências no matrimônio sagrado dos Orishás. Ela se torna assim a única esposa legítima de Shangó.
Nessa união Shangó trouxe ao reino o fogo, as artes da adivinhação, a dança, a compreensão, a arte de fazer amor e os tambores, sacros ou não, que alegram o espirito. Óba por sua vez, apaixonada por seu amor Shangó, recatada e pura ante essas virtudes aportadas por seu esposo, deu em silêncio seus dons com felicidade: a cultura, as matemáticas, a literatura, a música, as artes plásticas em toda sua riqueza de seus gamas, o teatro, a arquitetura, etc, cobrindo assim todo o universo de ensino e educação.
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Mas a tragédia encerrou suas próprias vidas e Shangó se rendeu aos encantos da tormentosa Oyá, sucumbindo a este Orishá de voluntariosos torvelinhos, de redemoinhos encantados por suas artes de erotismo sensual. Óba, conhecendo suas próprias debilidades, induzida por Oyá e também para agradar seu esposo, cortou uma orelha e a cozinhou em seu prato preferido, o Amalá Ilá e pensou: “Se ele come, penetrarei nele para sempre”. Mas a pobre culta, perfeita e sábia, se equivocou em sua ingenuidade. Shangó ao vê-la imperfeita em sua desgraça, a condenou ao exílio.

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Contam os Patakis que Óba se foi para bem distante, onde a cultura se distancia da força e chorou tanto sua desgraça que com suas lágrimas se formou o Rio Óba e com sua tristeza reciclada em si mesma, foi ao mundo dos espíritos, ao mundo dos mortos, sinceros e desnudos como seus próprios corpos. Por mandado de Olófin, o Deus supremo, Óba é e será sempre a dona da sabedoria, das artes, sua patrona e protetora, Orishá da educação, grande Orishá do perdão.
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Obatalá, ao ver a tristeza refletida nos olhos de sua filha Óba, disse:
De hoje em diante levarás atributos:
O yunke (bigorna), presente de seu esposo, já que é ferreira como Ogun,
O timão de barco e a bússola, porque como Yemanjá, és navegante e guiarás o ser humano por seus bons caminhos da vida;
Usará uma máscara que representará a outra cara da vida, a morte;
A pena para escrever, porque serás sábia como eu;
A espada, porque como Shangó és guerreira;
A orelha, como lembrança da traição de tua melhor amiga, Oyá;
E a chave com que abrirás as portas do dinheiro em cada casa.
Serás chamada Óba Nani, que significa: a que se sacrifica pelo bem-estar de todos os humanos, a que transmite seus ensinamentos e os recria em seu próprio povo, nosso povo.
Ifá Ni L’Órun Otura Airá
http://ifanilorun.com.br/?p=1618#more-1618


Quem é Óba?
Oba é um Orishá que representa o amor reprimido e o sacrifício pelo ser que ama, o sofrimento, e simboliza a fidelidade conjugal. Está relacionada aos lagos e lagoas. Junto com Oyá e Yewá habita os cemitérios e representam as guerreiras temerárias. Ela se diferencia de Yewá que vive dentro do féretro, guardando as tumbas.
Óba é a Orishá do rio que leva o seu nome, originário da terra Takuá, onde seu culto se estendeu pela terra de Òyó e Tapa. Seu nome provém do Yorubá Òbá (Òbè: sopa – Obá: rei), literalmente “La de la sopa del rey, ou seja, A sopa do rei”. É um orishá de cabeça e como orishá de adimú se recebe com o tempo por seu caráter ermitão e emocionalmente instável. Seus Otás são 9 claras e em forma plana semelhantes ao contorno de uma orelha.
Filha de Obatala e Yembó, irmã de Oyá e Yewá, amante de Shangó e por ele cortou uma de suas orelhas e por isso se viu exilada, logo foi para o monte e posteriormente viveu na solidão do cemitério. Também teve um envolvimento com Ogun, a quem lhe entregou a bigorna e este lhe ensinou a guerrear.
O pai de Óba lhe disse que já era tempo de escolher seu marido e que teria que encaminhar sua vida, pois os ensinamentos haviam sido produtivos e que ele queria vê-la feliz. Shangó e ela se conheceram e no mesmo instante surgiu uma atração, um amor majestoso, profundo. Entretanto ele vivia com Oyá, uma mulher de personalidade muito forte, parecida com a dele, mas Shangó sabia que os atributos, benefícios e qualidades que Óba tinha, favoreceriam seu matrimônio e fariam de seu reino, um reino mais forte e poderoso.
No início sua união foi feliz. Shangó deixou suas andanças com Oyá e se dedicou por inteiro a Óba. Em seu palácio respirava-se bondade e tranquilidade. Óba descia todas as manhãs ao rio para se encontrar com sua irmã Oshún e as duas faziam confidências e contavam pequenos segredos enquanto se banhavam nas águas doces e cristalinas com seus peixes coloridos. Em alguns momentos eram como aparições marcadas no arco-íris das cascatas.
Oyá de longe observava Shangó e Óba e não podia conter sua inveja. Por que essa mulher tão bela, e por acréscimo sua irmã, havia conseguido o que ela nunca havia alcançado com seus encantos e feitiçarias: casar-se com Shangó. Pensou muito em como reconquistar o amor de Shangó, o qual não a deixava tranquila em suas lembranças. Um dia deitada, adormeceu e teve um sonho fatídico sobre sua vingança. Em espírito se transportou para a morada dos Iku e dos Eguns e em um cemitério desértico, onde o vento balançava a copa das árvores e se ouvia o grito estridente das aves de rapina, encontrou Oyá uma solução para reconquistar o amor perdido e descansou pela primeira vez depois de muitos dias.
Na manhã seguinte foi ao encontro de suas irmãs no rio; conversou e se divertiu com elas e ganhou a confiança de Óba, tão ingênua e doce. Mas não enganou a Oshún, quem receosa alertou sua irmã Óba sobre a estranha conduta de Oyá, mas Óba não lhe deu ouvidos. Frequentemente Oyá dava a Óba receitas das comidas favoritas de Shangó, que a jovem zelosa cozinhava para seu marido. Até um dia em que a única coisa que Óba tinha para cozinhar era farinha de milho. Oyá lhe disse: “Não fiquei nervosa que vais conseguir resolver isso como eu resolvi uma vez. Você tem que cortar uma das orelhas e preparar com o milho. Tempera-se com todos os tipos de ervas”. Nesse dia Oyá estava com um pano de 9 cores que lhe tapava as orelhas. Óba achou o pano de Oyá meio estranho, mas estava entusiasmada em agradar seu homem e se apressou em cortar uma de suas orelhas e preparou com ela um delicioso caldo de milho.

Quando Oyá viu Shangó se aproximando, ela se converteu em um raio. Era tamanha a felicidade de Oyá que arrasou com fogo parte dos bosques.
Quando Shangó chegou em seu palácio encontrou a mesa lindamente servida, com abundância de flores vermelhas como o sangue. Abraçou sua mulher e lhe perguntou o que havia para comer, pois estava com uma fome atroz. Óba lhe serviu o seu prato favorito o qual ele comeu com gosto, sem deixar de observar sua mulher a qual se encontrava diferente. Ao perceber que Óba levava um pano, coisa que nunca usava, pois Shangó gostava de ver suas tranças largas e seu cabelo sedoso, pediu que ela tirasse o pano. Ao ver-la sem uma orelha tremeu de raiva, pois ele, perfeito em sua beleza, não admitia ao seu lado uma mulher imperfeita. Óba compreendeu então como Oyá a enganou. Shangó soltando fogo pelos olhos a abraçou pela última vez e lhe disse que ela seria sua única e verdadeira mulher, mas não teriam mais relações, mas a respeitaria por conta de seu sacrifício e ela sempre seria a primeira entre todas.
Óba ficou muito envergonhada. A rainha das rainhas foi visitar seu pai Obatalá e enquanto caminhava até o seu palácio, suas lágrimas brotaram naturalmente deixando em seu rastro um rio caudaloso, que arrasava tudo o que encontrava pela frente e toda a natureza se arqueava diante dela e saudava as lágrimas vertidas pelo coração destroçado de Óba.
Obatalá ao ver Óba que lhe agradecia por ele ter lhe dado seus dons divinos, compreendeu a traição de Oyá e isso foi a grande decepção de Óba, que não compreendia as falsidades humanas. Por isso ele concedeu o que sua filha havia lhe pedido: “Quero ir onde ninguém possa me ver. Quero a tranquilidade do que não existe, quero viver com os mortos, com os espíritos, onde ninguém possa me fazer mal. O cemitério será, de agora em diante, meu Ilé (casa)”.
Agradeceu outra vez seu pai e foi despedir-se de sua irmã Oshún, quem a recebeu em seu rio revolto e afluente das lágrimas de Óba. As duas irmãs se uniram mais do que nunca e se formou então um grande redemoinho no qual Óba se transportou do mundo dos vivos para o mundo dos mortos e deixou Oshún, que de agora em diante, seria a única que poderia comunicar-se com ela, encarregada dos assuntos na terra dos Orishás.

Ifá Ni L’Órun

http://ifanilorun.com.br/?page_id=121

Oba é um dos “orixás femininos” sobre a qual recaiu uma espécie de esquecimento. Todavia, não obstante este fato, ela goza de enorme significado no universo das religiões de matriz africana. Muito pouco se tem escrito sobre a mesma, talvez por ela nos remeter a um mito original, que se repete em várias culturas que fala “de um tempo em que o mundo era governado pelas mulheres.” Em alguns terreiros de Candomblé, que ainda preservam a figura desse principio ancestral, Obá aparece como uma caçadora. Este fato faz alusão aos primórdios dos grupos humanos que tinham a atividade coletora como principal meio de sustento. Pena que ainda hoje quando retomamos esta imagem, logo nos vem à mente figuras masculinas, contrariando alguns mitos afro-brasileiros que trazem enfaticamente a presença de mulheres a frente de grupos que mais tarde darão origem às grandes civilizações. Em todos os mitos preservados no Brasil, Obá apresenta-se como caçadora ao lado de outras como Oyá e Iewá, daí a sua ligação direta com Odé, o caçador. Outra imagem que reforça a antiguidade do seu culto, é a de que tal orixá também é um rio do mesmo nome que ainda hoje corta uma parte do território iorubá. Conta-se que, após vários dias de batalha, estando os orixás liderados por Ogum e Oxalá, fragilizados pela guerra, Obá não se contentando em reunir apenas as mulheres de seu tempo, convocou todas as fêmeas do mundo animal. Ao ver Obá chegar rodeada de animais, aquela guerra foi vencida porque os inimigos fugiram de seus postos. Afirma-se nos terreiros que Obá mantém relações profundas com os animais, outra imagem antiga preservada do tempo em que os primeiros grupos humanos acreditavam encantá-los, através de seus desenhos. O tempo em que os caçadores e caçadoras confundiam-se com a própria caça. O culto a Obá é ainda hoje cercado de mistério. Mistério velado pelas cores escuras, representadas pelo vermelho encarnado que compõem seus elementos rituais nas poucas vezes em que aparece. Em alguns terreiros de tradição jeje nagô, a cantiga que diz “Obá, líder da sociedade Elekô comanda todas as mulheres guerreiras”, inicia a seqüência de músicas que dentre outras coisas, lembra a sua importância como representante das mulheres como caçadora, chamando para si funções sociais, políticas, culturais e religiosas. Em outras palavras, Obá, além de desempenhar um papel como desbravadora, cabia a ela defender o grupo, o protegendo em todos os sentidos, fomentar seu sustento e garantir a sua integridade política. Os caçadores eram ainda médicos, mágicos, verdadeiros entes divinos que sabiam que da relação de sua comunidade com os ancestrais dependia a sua permanência no mundo. Daí a expressão: “Obá Elekô”. Elekô, a exemplo de muitas outras sociedades secretas, era uma espécie de “maçonaria de mulheres”, que dentre outras funções, zelava pela preservação da relação entre estas e a terra, para alguns grupos humanos, a grande mãe ancestral. Pena que apenas persistiu dentre nós, fragmentos de uma história que diz ter sido Obá, enganada por uma das mulheres de Xangô, que a teria induzido cortar uma de suas orelhas. Acho mesmo que a imagem da orelha cortada por Obá neste mito é menos importante do que aquilo que considero tema principal: o amor. Obá é símbolo do amor, esse principio universal que por mais esforço já se tenha feito para traduzi-lo através das poesias, das filosofias, das religiões e recentemente da ciência, ainda é um mistério, talvez por ser ele um dos mais divinos. Gosto muito da história que diz, que certa ocasião muito triste por ter perdido um de seus filhos, uma mulher adentrou-se na mata e pediu a Obá que o trouxesse de volta. Adormecida na floresta, a jovem sonhou com sementes que lhes eram trazidas por um enorme pássaro. Acordada do sono, a mulher foi procurá-las. Chegando a beira de um rio, mal pode conter a sua alegria ao deparar-se com as sementes que a noite havia sonhado, ao mesmo tempo em que se deu conta de que, era ela mesma o pássaro que a noite havia visto em sonho. Das sementes plantadas pela mulher, arrebentou uma planta que se transformou numa árvore de tronco escuro a partir da qual a humanidade melhor podia se representar, trazendo presente na forma de esculturas seus antepassados: o ébano. Obá, dessa maneira é a “verdadeira deusa do ébano”, não somente da madeira escura, de brilho natural que tanto nos representa através das mãos dos artistas africanos, mas a verdadeira “deusa negra” presente em todas as mulheres, nossas irmãs e mães que hoje mais do que nunca vão ao enfrentamento para defender a sua dignidade através da garantia da integridade de seus filhos. Mulheres que embora tenham conquistado espaços nas sociedades contemporâneas, ainda são aquelas mais estigmatizadas, violentadas e que tem seus direitos menos respeitados. Mulheres que como Obá amam, e por isso vão a luta pelos seus sonhos e são capazes não apenas de liderar quilombos, revoltas armadas, greves, movimentos sociais, mas grupos inteiros, pois assim foi desde o inicio quando Obá saiu á frente, convocando todas as mulheres para reconquistar o mundo! 
Arte: CLAUDIA KRINDGES

Mãe Obá!
A Verdade
Verdade é o princípio real, certo, correto, autêntico, sincero. A verdade absoluta só está contida no Divino Criador, Olorum, mas, Sua qualidade concentradora, associada à verdade, está na Divindade Planetária, que é a nossa amada Mãe Obá, regente feminina da Linha do Conhecimento. Nossa percepção da verdade tornar-se-á mais límpida e nosso desejo de pureza de coração mais sublime e mais santo, se preenchermos nosso espírito com pensamentos elevados e puros e meditarmos sobre o amor e misericórdia divinos. O conhecimento da verdade depende mais da simplicidade, da pureza de propósito de uma fé sincera e confiante, do que da capacidade intelectual. Não há melhor agente de purificação do que a chama da Verdade Espiritual. Quem a conhece e a ela se dedica será purificado das manchas da personalidade. Só o que é verdadeiro tem em si mesmo uma densidade e uma resistência própria que o eterniza no tempo e na mente dos seres. O conhecimento da Verdade é dado àquele que vive na força da fé, que domina o eu pessoal, as ilusões e as impressões dos sentidos. O ignorante e o descrente não acham sequer o começo do caminho que conduz à paz. Mãe Obá pune com rigor os sarcásticos, os sátiros que brincam com as coisas sagradas e é implacável com os que colocam as divindades no mesmo nível chulo onde eles perderam suas consciências, bom senso e evolução. Ela é a divindade que paralisa os seres que se desvirtuaram porque adquiriram conhecimentos viciados, distorcidos ou falsos. A atuação dessa Mãe é discreta, pois ela é tão silenciosa quanto a terra, seu elemento, e quem está sendo paralisado nem percebe que está passando por uma descarga emocional muito intensa. Mas, algum tempo depois, já começa a mudar alguns de seus conceitos errôneos ou abandona a linha de raciocínio desvirtuado e viciado que o estava direcionando. O saber ou conhecimento perfeito em si mesmo é o coroamento de todas as ações. Ele nos livra da confusão, das dúvidas, da má compreensão e dos erros. Tudo o que existe no grande Todo que é Deus, forma uma só vida. Quem atingiu esse conhecimento e sabedoria, entra na Paz Suprema, na quietude de Mãe Obá

Mãe Obá é uma divindade gerada em Deus na sua qualidade concentradora, que dá consistência e firmeza a tudo o que cria. Ela é o elemento terra que dá sustentação e germina em seu ventre terroso todas as sementes do conhecimento. Nossa amada mãe Obá atua como concentradora do raciocínio dos seres e atua na vida de todos os que dão mau uso ao dom do raciocínio e aos conhecimentos que adquiriram. Ela é a qualidade divina que esgota os seres cujo raciocínio se desvirtuou, gerando falsos conceitos religiosos paralisadores da evolução e desequilibradores da fé. Com seu poderoso magnetismo telúrico e vegetal, Mãe Obá absorve as energias irradiadas pelos pensamentos dos seres que estão dando mau uso aos seus conhecimentos, para descarregá-los em si mesmos, assim que desencarnarem, quando receberão terríveis choques mentais que chegam a levar alguns ao estado de demência. Seu pólo magnético é tão atrativo quanto o planeta Terra. Como Orixá Cósmico, ela atua sempre que é preciso acelerar a paralisação de um ser que, com seus conhecimentos, está prejudicando muitas pessoas e atrapalhando suas evoluções, pois as está induzindo, por conceitos errôneos, a seguir uma direção contrária à que a Lei Maior lhes reservou. Mãe Obá é circunspecta, de caráter firme e reto, de poucas palavras e de uma profundidade única nas suas vibrações retificadoras do raciocínio dos seres. Ela é interpretada como a mestra rigorosa, inflexível e irredutível nos seus pontos de vista (conceitos sobre a verdade). Ela é absorvedora, corretiva e não se peja se tiver de esgotar toda a capacidade de raciocínio de um ser que se emocionou e se desequilibrou mentalmente. O campo em que mãe Obá mais atua é o religioso, paralisando os excessos cometidos pelas pessoas que dominam o conhecimento religioso, aquietando-os, antes que cometam erros irreparáveis. O ser que está sendo atuado por Obá começa a desinteressar-se pelo assunto que tanto o atraía antes e torna-se meio apático, alguns até perdendo sua capacidade de raciocinar. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras. Esse alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Nos pontos riscados, Mãe Obá é representada simbolicamente por uma folha vegetal, onde a fotossíntese acontece. Mas, seus atributos são telúricos, pois é através da essência telúrica que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos. As atribuições de Mãe Obá são as de não deixar um só ser sem o seu amparo, sustentação e fixação, desde que merecedor. Mas, nem sempre o ser absorve suas irradiações, quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.
Akirô Obá Yê!!!

Mestra Arakitan! A TUO ordena mais uma sacerdotisa de 7º Grau !!! Paó a Pai Rivas

Paó a Pai Rivas por mais uma iniciada na TUO! 
Só quem conhece Arakitan sabe a dedicação e o respeito com os quais vivenciou estas quase três décadas ao lado no nosso Mestre. Parabéns!!! Vida longa a Mestra Arakitan!


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