sábado, 21 de abril de 2012

A arte secreta dos Dervixes Giradores: hipótese esotérica


Giselle Guilhon Antunes Camargo (UFSC)  
GT:Estudos da Performance 
Palavras-chave:Sama – Dervixes Mevlevi – Ordem Mevlevi – Ordem  Kubravi  





Girar no Sama não é simplesmente girar em torno de  si mesmo em círculos. Significa conquistar  a  sensação  de  equilíbrio  interno  e  externo,  do Céu  com  a Terra. Esse  é  o equilíbrio da vida em perfeita comunhão com a Criação [...]. De que adianta fazer giros maravilhosos em torno de um pé se minha vida afunda num caos? [...] Devemos saber que  esse  é um  caminho  sufi,  que nos  confronta  com o nosso próprio desequilíbrio. O caminho  sufi  conduz  –  através  da  aceitação  do  trabalho  e  da  prática  constante  dos exercícios – a uma abertura para a realização. A tarefa tem a ver com renúncia. Milhares 
de tarefas orlam esse caminho e todas elas, juntas, conduzem à domesticação dos egos (nafs). 

O parágrafo acima – extraído do livro Sama: a Dança-Giro dos Dervixes ou A Arte do Equilíbrio da  Vida,  dos  alemães  Ingrid  e Kurt  Bauer  –  sintetiza  a  experiência  pessoal  dos  autores  no  processo 
iniciático do Sama. O casal, que viajou de motohome para a Turquia em busca dos dervixes giradores ou 
Mevlevi, acabou tendo muito mais do que um simples contato com o Sufismo. A maneira vívida como a 
experiência é narrada – ao mesmo tempo em que um método prático de ensino vai sendo revelado – situa 
o texto entre os mais autênticos e didáticos relatos sufis contemporâneos. A  grande  contribuição  do  livro  reside,  todavia,  no  campo  da  pré-expressividade:  nele encontramos os princípios e as  técnicas  (mentais-) corporais extracotidianas que norteiam a práxis – o giro  –  dos  dervixes  Mevlevi. 

O  Sama,  como  toda  arte  ou  prática  tradicional,  é  ensinado progressivamente, em graus sucessivos, através de passos que podem ser seguidos. É por essa razão que se diz que esse é um caminho que pessoas inexperientes também podem trilhar.  

Lembremos, contudo, que dervixes – sejam eles Mevlevi ou de qualquer outra escola sufi – não 
são, por definição, atores. (Muito embora alguns atores sejam dervixes!). Eles são, antes, pessoas comuns 
que desempenham no mundo os mais diversos papéis  e profissões e que escolheram o Sufismo,  a via 
mística do Islã, como um caminho para o seu desenvolvimento espiritual. Do mesmo modo, a prática do 
Sama não tem por objetivo primeiro a (re-) presentação cênica – ainda que alguns praticantes de Sama 
tenham se tornado “dervixes giradores” profissionais, apresentando o ritual dançante, artisticamente, em 
teatros e salas de concerto. 

O Sama é uma dentre as várias técnicas mentais-corporais utilizadas no Sufismo com o objetivo de abrir a mente e o coração do indivíduo para o seu potencial maior. Tanto quanto o zikr (repetição dos nomes de Deus), o Sama é considerado “um meio de liberar a energia espiritual”, ou seja, de “permitir que  a  parcela  de  luz  divina  que  jaz  adormecida  no místico  desperte,  unindo-se  à  sua  semelhante,  no Cosmos”: Cada vez que o coração aspira ao Trono, o Trono aspira ao coração, de sorte que eles  se  encontram.  Cada  pedra  preciosa  (ou  seja,  cada  um  dos  elementos  do homem  de  luz)  que  está  em  ti,  provoca  em  ti  um  estado  místico  ou  uma visualização no Céu que lhe corresponde [...]. Cada vez que ascende de ti uma luz, desce em direção a ti uma luz, e cada vez que teus raios de luz ascendem, descem, igualmente, em tua direção, raios de luz que lhes correspondem. [...] Se essas  energias  tiverem  ambas,  a  mesma  qualidade,  encontrar-se-ão  a  meio caminho (entre o Céu e a Terra) [...]. Mas quando a substância de luz que habita em ti crescer [...].   

A hermenêutica espiritual que rege o princípio do semelhante atrair o semelhante – amplamente 
discutida pelo filósofo Henry Corbin, em seu L’homme de lumière dans le Soufisme Iranien – foi fixada 
entre os séculos XII e XIII pelo místico persa Najmuddin Kubra e continuada por seu discípulo direto 
Alâoddawileh  Semnânî.  Partindo  do  pressuposto  de  que  as  partes  que  constituem  o  ser  humano  são consideradas  fragmentos de  suas homólogas  cósmicas, Kubra desenvolveu uma  fisiologia  esotérica ou fisiologia dos órgãos sutis da percepção (lataif), na qual cada órgão ou centro sutil está associado a uma 
metafísica da luz que se reflete no Infinito:  Em cada parte purificada do homem, se reflete a contraparte que lhe é homogênea, pois as  coisas  só  podem  ser  vistas  e  reconhecidas  pelas  coisas  que  lhes  são  semelhantes. Quando  a  natureza  esotérica  que  designa  os  gênios  e  as  faculdades  se  torna  pura, 
contempla-se nela o que lhe é homólogo no Macrocosmo. O mesmo é verdadeiro para a alma  (naf),  o  intelecto  (‘aql),  o  coração  (qalb),  o  espírito  (ruh),  a  trans-consciência (sirr),  o  arcano  ou  centro  intuicional  (khafi)  –  o  lugar  interior  onde  se  revelam  os atributos divinos que embriagam [...] – até a consciência profunda (haqq).
   
A hipótese de que houve influência da Ordem Kubravi ou Kubrawiyya sobre a Ordem Mevlevi 
ou Ordem dos Dervixes Giradores – quer através do contato de Rumi (fundador da escola Mevlevi) com 
o mestre Shams de Tabriz (discípulo de Baba Kamal, aluno de Kubra), quer através dos ensinamentos de 
seu próprio pai, Bahauddin Walad (que, igualmente, recebera ensinamentos de Kubra) – é sustentada por 
Michel Random,  em  seu  livro Rumi,  la Connaissance  et  le Secret. Conforme Random  é no Adâb altarîqa, um  curto  tratado  sobre  iniciação,  que Kubra  expõe  as  regras  da Ordem Kubravi. Essas  regras assemelham-se  às  prescrições  essenciais  da  Ordem Mevlevi  ou Mawlawyyia:  os membros  da  ordem devem usar o manto correspondente à tariqat (escola), sentar-se sobre tapetes de oração e praticar tanto a repetição dos nomes divinos (zikr) quanto a dança mística (Sama).  

A  influência  de  Kubra  sobre  os  Mevlevi  vai,  entretanto,  muito  além  das  regras  de comportamento (adab) e técnicas de meditação (zikr e Sama) prescritas pelos Sheikhs do Silsila (corrente de transmissão) do Sufismo. Kubra dedicou-se a estudar e a descrever o fenômeno luminoso, fazendo das percepções visionárias um método  experimental:  conforme  a  coloração das  luzes vistas pelos próprios discípulos em estado meditativo, ou que, emanando destes, fossem percebidas pelo mestre, poder-se-ia saber em que grau de elevação espiritual eles  se encontravam. Embora essa metafísica da  luz não  seja abordada diretamente pela maioria dos estudiosos de Rumi, a ênfase que os Mevlevi dão à ativação do coração  sutil  (qalb)  –  órgão  fundamental  da  percepção  supra-sensível  –  demonstra  que  esse conhecimento iniciático não apenas continuou sendo transmitido através dos séculos, como é, ainda hoje, um dos pontos centrais do esoterismo Mevlevi.

Se, como dissera Kubra, “em cada parte purificada do homem, reflete-se a contraparte que lhe é 
homogênea”, então, seguindo essa mesma lógica, o coração (qalb) purificado buscará, ele também, sua 
homóloga  cósmica.  “Cada  vez  que  o  coração  aspirar  ao  Trono,  o  Trono  aspirará  ao  coração”,  diz  o mestre iraniano. Quando essa atração ocorre – do “Céu celeste” em direção ao “céu do coração” ou “céu 
da alma” – ,o coração (qalb) passa a ser chamado de “Espírito Santo”:  O Espírito Santo, no homem, é um órgão sutil celeste. Quando lhe é concedida a força concentrada da energia espiritual, ele alcança o Céu e o Céu se imerge nele. Ou, antes, o Céu e o Espírito são uma só e mesma coisa. [...] Ou então podemos dizer: existem, no ser humano, pedras preciosas de toda espécie de mina, e tudo que aspiram é encontrar sua própria mina original e homogênea a elas.  

Eis a essência da intuição de Kubra: se as partes que constituem o ser humano são fragmentos de suas  homólogas  cósmicas;  se  uma  substância  só  vê  e  conhece  a  substância  que  lhe  é  semelhante  (do mesmo modo que só pode ser vista e conhecida pela sua semelhante); e, se todo semelhante busca unir-se  ao seu semelhante; então, a “pedra preciosa”, metáfora do fragmento cósmico no ser humano, buscará ela 
mesma unir-se à sua “mina original”, sendo, portanto, capaz de ver e reconhecer apenas a “mina” que foi 
sua origem e para a qual todo seu querer e nostalgia se dirigem.  

Esta  lei  –  da  atração  e  do  reconhecimento  mútuos  do  semelhante  pelo  semelhante  –, exemplificada por Kubra das mais diversas maneiras, baseia-se, essencialmente, na comunicação entre o humano e o Divino, o buscador e o Buscado, o contemplador e o Contemplado, o amante e o Amado:  Há  luzes que  sobem  e  luzes que descem. As  luzes que  sobem  são  aquelas do coração; aquelas que descem  são as do Trono. O  ser criatural é o véu entre o Trono e o coração; quando o véu é rompido e no coração se abre uma porta para o Trono, o  semelhante se  lança em direção ao  seu  semelhante. A  luz  sobe em direção a luz, e à luz desce em direção à luz, e é luz sobre luz.
   
Essa  breve  introdução  ao  esoterismo  de  Kubra  –  trabalho  quase  arqueológico  –  conecta,  eu 
insisto,  o  esoterismo Mevlevi  às  suas  mais  profundas  raízes.  E  são,  precisamente,  essas  raízes  que 
fornecem  os  elementos  necessários  para  a  compreensão  dos  princípios  que  regem  a  prática  do  Sama. 

Alguns  desses  princípios  foram  fixados  por  Ingrid  e  Kurt  Bauer  no  livro  Sama:  a  Dança-Giro  dos 
Dervixes ou A Arte do Equilíbrio da Vida e podem ser expressos nos seguintes termos: o Sama é “a arte 
de abrir as asas internas”; “um processo transformador intensivo entre os dois pólos: Céu e Terra”; seu 
sentido  e  objetivo  são,  através  do  “equilíbrio  do  interior  com  o  exterior”,  “conduzir  o  indivíduo  à 
experiência da energia divina”.  Mas  o  que  significa,  exatamente,  “abrir  as  asas  internas”,  “alquimizar  os  dois  pólos,  Céu  e Terra”, “equilibrar o interior com o exterior”? (Percebem o quanto a hermenêutica Kubravi é capaz de decifrar  essas metáforas?)  

Se  conectarmos  o  esoterismo  de Kubra  ao  esoterismo  de  Rumi,  podemos, facilmente, deduzir que “abrir as asas internas” significa “liberar a energia espiritual”, ou seja, “permitir que  a  parcela  de  luz  divina  que  jaz  adormecida  no místico  desperte,  unindo-se  à  sua  semelhante,  no Cosmos”. 
                                                       
Notas 

1 In: BAUER, Ingrid & Kurt. Sema der Wirbeltanz der Derwische – Die kunst der lebensbalance. Neuhausen 
am Rheinfall: Urania Verlags AG, 1993, p. 43-44. (Tradução: Noris Lindeke) 
2 O nível que se ocupa de como tornar a energia do ator ou bailarino cenicamente viva, isto é, de como o ator pode 
tornar-se uma presença que atrai  imediatamente a atenção do espectador é o nível pré-expressivo. Esse  substrato 
pré-expressivo está como que implícito no nível da expressão, podendo ser percebido pelo espectador. Durante o 
processo de  treinamento, o ator pode  trabalhar no nível pré-expressivo, como  se, nessa  fase, o objetivo principal 
fosse a energia, a presença, o bios de suas ações e não o seu significado: “O nível pré-expressivo, pensado dessa 
maneira  é,  portanto,  um  nível  operativo,  não  um  nível  que  pode  ser  separado  da  expressão, mas  uma  categoria 
  5 
                                                                                                                                                                                         
pragmática,  uma  práxis,  cujo  objetivo,  durante  o  processo,  é  fortalecer  o  bios  cênico  do  [bailarino]  ou  ator.” 
(BARBA, E.  A arte secreta do ator: Dicionário de Antropologia teatral. São Paulo: Ed. Hucitec, 1995, p. 188)  
3 KUBRA, Najmuddin    apud CORBIN, H. L’homme de  lumière dans  le Soufism  Iranien. Saint-Vincent-sur-
Jabron: Éditions Présence, 1971, p. 84. (Tradução minha) 
4 Ver CORBIN, H., op. cit. 
5  Nascido  em  1145,  em  Khwarizm,  e  morto  em  1221,  em  Samarcanda,  durante  a  invasão  de  Gengis  Khan, 
Najmuddin Kubra foi um dos grandes iniciados de seu tempo, com discípulos vindos de toda a Ásia Central. Dentre 
eles, muitos se tornaram célebres, a exemplo de Bahauddin Walad, pai de Rumi, e Baba Kamal, que é citado como 
um dos mestres de Shams de Tabriz, o Sheikh mais importante de Rumi. Além de Najm Râzi, autor de um tratado 
místico em Persa, e de Fariduddin Attar.  
6 HAMADÂNÎ, ‘Alî apud CORBIN, H., op. cit., p. 80. (Tradução minha) 
7 RANDOM, Michel. Rumi, la connaissance et le secret. Paris: Éditions Dervy, 1996, p. 60. 
8 Ibidem, p. 81.  
9 Trecho do Alcorão. In: CORBIN, H., op. cit., p. 83. (Tradução minha) 
10 Ver BAUER, I. & K., op. cit., p. 27; 35; 45-46.  


Bibliografia 
BAUER, Ingrid & Kurt. Sema der Wirbeltanz der Derwische – Die Kunst der Lebensbalance. Neuhausen am  
Rheinfall: Urania Verlags AG, 1993. (Tradução: Noris Lindeke) 
BARBA, E. A Arte Secreta do Ator: Dicionário de Antropologia teatral. São Paulo: Ed. Hucitec, 1995. 
CORBIN, H. L’Homme deLumière dans le Soufism Iranien. Saint-Vincent-sur-Jabron: Éditions Présence, 1971. 

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira - Farmacologia, medicações e espiritualidade

Médiuns e Mediunidade - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

Pensamentos de Leonard Orr

Leonard Orr, Ph.D 

Assistant Vice Chancellor for Academic Affairs

orr@vancouver.wsu.edu
Da Referência [1]:

A idéia da imortalidade física dá às pessoas a oportunidade de desvendar seu anseio inconsciente de morte e liberta-as da tirania da mentalidade de mortalidade. A ignorância da imortalidade física deixa as pessoas presas na miséria, autodestruição, medo, fracasso e insegurança que causam doenças e dores, violência e guerra, luta pelo poder, impotência e crueldade, degradação humana e a morte em si mesma. A filosofia da imortalidade física liberta a imaginação humana, permite o acesso a enormes reservas de energia e criatividade, cria uma motivação para a paciência e simplicidade e é, em si mesma, um teste de amor e inteligência.

A derrota da morte é o teste básico de inteligência neste universo físico. A imortalidade física é o primeiro passo para qualquer prática de iluminação espiritual. O estudo da imortalidade física não tem sentido sem a purificação espiritual que produz alegria e domínio do corpo. A mais fácil e mais negligenciada técnica de purificação espiritual é a respiração (L. Orr é o introdutor da técnica respiratória chamada de Renascimento - Rebirthing).

Purificar a si mesmo significa manter seu amor tão puro, de modo que ele mantenha você praticando a verdade em todos os seus relacionamentos. A espécie de amor que produz imortalidade física é a paciência eterna. Este amor é de uma bondade infinita. Este amor deve incluir piedade e perdão infinitos. Este amor deve conter também uma disciplina inteligente e muita sabedoria. Amar a seu vizinho não é uma coisa superficial. Tem que ser mais do que com palavras. O amor é um poder suave, mas muito poderoso.

A vida na Terra não é para as pessoas fracas. Todas as pessoas fracas morreram no passado. E todas as pessoas que pensavam que eram fortes, mas não eram, também morreram. Mas muitas pessoas adquiriram integridade suficiente para conseguir a vida eterna de seus espíritos, mente e corpo.

A verdade é que a imortalidade física, sem a maestria do corpo, é somente uma bobagem ou quase isso. Não há maestria do corpo sem emoções saudáveis. Talvez você já venha trabalhando para sua imortalidade física em muitas vidas anteriores. Talvez você alcance-a facilmente nesta vida. Vale o esforço.

Seu corpo físico é o seu bem de maior valor. Seu corpo tem mais valor do que o dinheiro, ouro, negócios, imóveis ou ações da Bolsa de Valores. Sem um corpo, tudo que é material torna-se instantaneamente sem valor, exceto para seus amigos e parentes. Pense bem: por que as pessoas tratam seus corpos com menos respeito do que tratam o dinheiro e mesmo suas roupas? Muitas pessoas gastam mais tempo, trabalho e dinheiro limpando suas roupas do que limpando suas mentes e corpos. Não é à toa que a morte se tornou tão popular.

A chegada da verdade pode causar distúrbios temporários. São distúrbios e confusão resultantes do abandono de falsas crenças e mentiras sobre como funciona a vida. São os distúrbios que curam. Tendo sua mente e corpo centrados na verdade, você terá saúde e paz permanentes. O universo está pleno de serenidade. Se você não viu isso, é porque você sempre esteve perturbado. Uma mente ancorada na falsidade, nunca poderá ter paz profunda e duradoura.

Você não pode escapar de seus pensamentos sobre si mesmo(a), mas você pode mudá-los. Se Deus e o universo não amassem você mais do que você ama a si mesmo(a) você, provavelmente, não estaria aqui lendo este texto. O fato de que você está aqui e lendo este texto agora, é a prova irrefutável de que Deus e o universo amam você. É tempo de enfrentar a realidade -- a realidade ama você !!

Apenas a crença na filosofia da imortalidade física produzirá a morte. Isto é, somente a crença, sem a prática. Crença é passado; vida eterna é uma conscientização diária, eterna. Não é alguma coisa que você fez, mas o que você faz. A vida eterna é natural. A morte física não é uma virtude. A morte não é bonita. A vida eterna é bela e o domínio do corpo é algo virtuoso.

Nada é mais patético do que pessoas que acreditam na imortalidade física e que têm seus corpos envelhecendo e morrendo, revelando que elas estão enganando a si mesmas.

Seu corpo ou está morrendo ou vivendo e ficando mais saudável. Ou, ainda, está fazendo ambos, no processo de limpeza e purificação. Quando você libera sua programação de envelhecimento, que você absorveu de seus pais, parece que você está caminhando para a morte, mas a verdade é o oposto (situação conhecida, pelos naturistas, como "crise curativa"). É somente aparência. Na verdade, você está liberando a decadência e a morte.

A diferença entre uma e outra pessoa está, fundamentalmente, na qualidade das idéias que elas têm. A filosofia da imortalidade física é uma boa coleção de idéias, e se a pessoa tiver o espírito, a mente e o corpo sintonizados nela, ela estará praticando a verdade. As idéias podem ir e vir, mas enquanto elas estiverem na mente, elas têm o poder de produzir resultados no corpo. O corpo é totalmente submisso a todas as idéias da mente. Os pensamentos habitualmente pensados é que se tornam predominantes, têm o maior poder de controle sobre o corpo.

Quando pensamentos mortalistas dominam a mente, produzem doença e sofrimento, e a pessoa pensa em suicídio. Quando pensamentos puros e de eternidade dominam a mente, a pessoa pensa em vitória, em alegria e em prazer. Pensamentos de vida eterna produzem vida.

Você já é imortal, até que você prove o contrário. Morrer é mais difícil do que viver. A seguinte afirmação já salvou milhares de pessoas da morte:

"Estou vivo(a) agora e, portanto, minhas pulsões (anseios) de vida são mais fortes do que minhas pulsões de morte. Na medida em que eu fortalecer minhas pulsões de vida e enfraquecer minhas pulsões de morte, continuarei vivendo e crescendo em saúde e juventude."

Que a vida se torne mais popular do que a morte, neste século XXI.

Da Referência [2]:

Nossa civilização materialista tem a tendência de solidificar a pulsão de morte. Mas os imortalistas rejeitam a idéia de que a morte é inevitável, dizendo no lugar disso que a morte é controlada pela consciência do indivíduo. Os imortais sabem que a morte é apenas para pessoas que amam e persistem na ignorância. A morte é para pessoas que amam mais os prazeres superficiais do corpo do que os prazeres do espírito.

Conquistar a morte é o teste básico de inteligência no universo físico. A imortalidade física é o primeiro degrau em qualquer prática de iluminação espiritual.

A maioria das pessoas morrem antes que elas questionem a idéia de que a morte é inevitável, apesar de elas pensarem que elas estão iluminadas espiritualmente. Mas a idéia de imortalidade física não é suficiente. Desenvolver uma filosofia de imortalidade física é o primeiro passo. O segundo passo é resolver a pulsão de morte pessoal absorvida da tradição familiar - a psicologia da imortalidade física. O terceiro passo é desenvolver a maestria do corpo físico - a fisiologia da imortalidade física. A terceira etapa é onde os exercícios práticos de purificação espiritual entram. Por exemplo, a maestria da respiração ensina, entre outras coisas, a maestria do mundo astral, que a maioria das pessoas pensam que é o mundo dos mortos. A purificação pela água e pelo fogo são básicas.

Minha intenção não é denegrir a prática da morte física. A morte física é uma grande invenção que permite às pessoas deixarem o planeta Terra quando elas não gostam de estar aqui. A maioria das pessoas parecem estar com mais medo de viver consigo mesmas para sempre do que da morte física.

Note que você é atualmente imortal até que você prove o contrário. Morrer é mais difícil do que viver. Adicionar as palavras "imortalidade física" ao dicionário de cada um é um objetivo educacional válido. A constatação de que a nossa própria mente é a maior ameaça à saúde e à vivacidade de nosso corpo físico é um pensamento que todos deveriam ter. Nós programamos nossos filhos para morrer. A guerra é uma expressão social da pulsão de morte pessoal. Uma pessoa com uma casa com encanamento interno de água, água quente e uma lareira possui a mais sofisticada "caverna do iogue imortal" jamais desenvolvida.

A trajédia de nossa geração é que as pessoas estão morrendo sem necessidade na ignorância, apenas porque elas nunca escutaram ou pensaram sobre a idéia de imortalidade física. Nós poderíamos ter o céu na Terra se as pessoas estivessem tão comprometidas com a saúde, amor e vivacidade quanto elas estão com a ignorância, pensamentos negativos e com morrer para ir para o céu.

Não esqueça que a imortalidade física não é o objetivo final. Ela é o benefício natural de ser uma boa pessoa e de seguir as regras de um viver saudável. Viver mais não é o objetivo da imortalidade física. Aumentar a qualidade de vida de si é o objetivo - a atual qualidade da existência pessoal no espírito, mente e corpo. A imortalidade física nos liberta da prisão de viver sob uma sentença de morte. A maioria das pessoas está vivendo no "corredor da morte" e ficam intrigados porque suas vidas não funcionam direito.

A Biblia diz várias vezes: "O presente da Vida Eterna pode ser vosso" (veja, por exemplo, João 3:16). Vida Eterna significa incorporar o corpo na vida consciente do Espírito Eterno. Tudo que existe no céu e na Terra é energia, pensamento e forma. O seu potencial divino completo existe no aqui e no agora, tanto quanto existem no mais alto céu. Deus está aqui, também! Não existe melhor lugar para se estar.

Você pode apenas começar este trabalho; não existe fim para ele.

Quanto à filosofia da imortalidade física, é importante frisar que existe uma grande diferença entre o conhecimento intelectual e o conhecimento que cria a nossa realidade física -- o teórico e o causador. O conhecimento intelectual torna-se conhecimento real através da repetição e da meditação. Você não aprendeu nada sobre as coisas que você não tenha uma lembrança instantânea.

Cada doença é uma crise curativa que nos ensina algo. O pensar positivo e superficial não muda as memórias do corpo, mas uma crise curativa irá mudar. Sua perfeição divina natural tem a tendência de curar espontaneamente suas emoções e seu corpo, quando você libera seus pensamentos negativos.

Individuos que acreditam em imortalidade física e que vivem em um ambiente de mortais, geralmente morrem porque eles se afogam na mentalidade mortal. Mortais que vivem em uma comunidade de imortais podem viver para sempre porque eles são alimentados pela energia imortal e pelos pensamentos imortais.

A razão da maioria das religiões terem falhado é porque seus objetivos é alcançar a realização maior fora do corpo - através da morte. Elas têm conseguido este intento. As escrituras chamam o corpo humano de templo de Deus. Mas se nós não encontrarmos Deus aqui e agora, a morte não irá nos ajudar. Isto significa que o corpo humano é a única igreja verdadeira. É apenas escutando os sermões de nosso próprio corpo que nós podemos conseguir a vida eterna. Infelizmente, parece que as pessoas amam mais suas falsas religiões do que o templo vivo de Deus; elas prezam mais seus maus hábitos do que seus corpos.

O cristianismo ortodoxo de hoje é uma religião mortalista. A razão da abordagem cristã sobre o aborto não funcionar é porque ele abomina a morte de fetos, enquanto vendem a morte de adultos.

Jesus descobriu que ninguém pode morrer por outro e que ninguém salva ninguém. Todos possuem livre arbítrio e precisam se salvar ou se perderem por si mesmos. No entanto apesar dos fatos dos últimos 2.000 anos, a igreja cristã continua ensinando que o sangue de Jesus nos salva do pecado e da morte. Meu estudo da Bíblia, história da igreja e observações do dia-a-dia me ensina que em 2.000 anos, nenhum cristão foi liberado do pecado e da morte por causa da morte de Jesus. Isto é apenas uma teoria. É uma falsa doutrina criada pelos homens da igreja.

A morte e a ressureição de Jesus nos pode inspirar para fazermos a mesma coisa, mas nós precisamos aprender como fazer isso. As práticas espirituais simples são os segredos reais da vida eterna. Porém a chave é praticá-las, não apenas as conhecer. Nós precisamos executar essas práticas pelo tempo que nós desejarmos estar totalmente vivos. A forma do universo e do seu corpo é mantida pelo hábito. A única forma de você manter-se a mesma pessoa ano após ano é retornando aos mesmos pensamentos; os hábitos de pensamento criaram a nós, do jeito que nós somos. A qualidade desses hábitos nos torna vivos ou mortos. Apesar de que eu fui salvo e nascido novamente, eu percebi que eu tenho que manter me salvando todos os dias.

A realidade nos ensina que todos nós temos que nos curar e nos manter saudaveis, e que ninguém pode morrer por nós. Cada pessoa tem que morrer por si mesma, a menos que ela aprenda como ascender ao céu, como fizeram Enoque, Elias, Melquizedeque ou os iogues imortais. Todo mundo que morre, morre por nós, para nos ensinar como a morte funciona de tal forma que nós não tenhamos que fazer isso - se nós captarmos a mensagem.

A imortalidade física é natural. É a morte que é não-natural, em vista da nossa natureza divina.

Na Bíblia, a maestria da respiração é chamada de "comer da Árvore da Vida". A respiração é o poder e a mente é o diretor deste poder.

A respiração é a fonte do corpo. A respiração simples junto com uma melhoria da qualidade de seus pensamentos sobre seu corpo, pode curar tudo. A verdade é que não existem doenças, apenas curas. O que é chamado de doença é apenas a cura em progresso. Todas as doenças e acidentes são ou o espírito e o corpo tentando curar a mente, ou o espírito e a mente tentando curar o corpo. Todos nós somos médicos que precisam curar a si mesmos.

O sono é o jejum involuntário para a maioria das pessoas. Ele nos mantém vivos. Comer após o sono é chamado de "desjejum" - romper nosso jejum da noite. Pessoas que jejuam bastante, dormem pouco. A comida constitui um trabalho extra para o corpo. A comida faz com que o corpo precise de mais descanso para poder se recuperar do trabalho de processar muita comida.

Os iogues imortais passam anos e mesmo séculos sem comer. Mas eles levaram 50 a 100 anso para ter a maestria sobre a comida. Se toma tanto tempo para ter a maestria sobre a comida, quando você vai começar? Esta semana ou nunca? A maioria das pessoas se matam com comida. Se você deseja ser saudável, feliz e imortal, você precisa obter a maestria sobre a comida. A vitória sobre a comida é o caminho básico para a vitória final.

A imortalidade física não é difícil. Na realidade, é a forma mais prazeirosa de viver. Ser um mestre iogue imortal não é mais difícil do que você suportar uma família por 25 a 50 anos e colocar seus filhos na universidade. Ela requer o mesmo tipo de foco. Para ser imortal, nós apenas precisamos focar nos hábitos extremamente prazeirosos (se ordinários) da vivacidade pessoal e evitar os hábitos mortais. Infelizmente, os hábitos mortais (como comer carnes mortas, por exemplo) estão programados em nós pelos nossos pais e são aprovados pela religião ortodoxa e pelas escolas públicas.

A maior barreira para a imortalidade física e para a transfiguração é sempre a mesma - a ignorância. Basicamente é a ignorância de si mesmo. Isso envolve a ignorância filosófica, ignorância emocional, ignorância do corpo e ignorância da natureza. Os três maiores assassinos são a ignorância, a poluição da energia emocional e a dieta pobre.

A morte física pode não ser o caminho para o céu e para Deus, como é popularmente acreditado na maioria das religiões. Precisamos escolher bastante objetivos que valham a pena para nos manter interessados na existência material neste planeta Terra.

Da Referência [3]:

Neste livro, Leonard Orr descreve a seguinte passagem sobre o poder curativo da água:

"Meu amigo Igor Tscharkovsky passou trinta dias em uma piscina (cheia de água), 24 horas por dia. Não só se curou de suas enfermidades como também se converteu em um gênio."

Isso me lembrou que nós passamos nove meses na nossa piscina materna (útero) e nascemos com o nosso maior nível de saúde.

De uma palestra no Rio de Janeiro [fevereiro 2005]:
Em uma das palestras desse workshop, Leonard Orr contou a seguinte passagem, sobre o poder curativo do fogo:

"Um boliviano que conheci emagreceu 25 kg dormindo com onze velas acesas ao lado de sua cama, durante um período de seis meses."

Isso me fez pensar sobre a maior longevidade das mulheres, que preparam diariamente a comida do lar utilizando umfogão.

Leonard Orr tem um livro, em português, sobre o fogo [4].

Referências:
[1] Leonard Orr, Imortalidade Física: A Ciência da Vida Imortal, Publicado no Rio de Janeiro por Mel Amélia Teixeira de Freitas, 1998.
[2] Leonard Orr, Breaking the Death Habit: The Science of Everlasting Life, Frog Ltd., 1998.
[3] Leonard Orr, Manual de Sanación (em espanhol), Editorial Las Acacias, 2005. pg. 32.
[4] Leonard Orr, O Fogo e a Imortalidade Física, Tradução de Joselito Britto, 86 páginas.

http://saudeperfeitarfs.blogspot.com.br/2006/03/pensamentos-de-leonard-orr.html

PS: Vale a pena ler este autor!

domingo, 8 de abril de 2012

O paganismo e a Igreja Católica


As religiões que tinham como base a crença na Grande Deusa reinaram até que as religiões abramicas (Islamismo, Cristianismo, Judaísmo) a suplantassem.Com a expansão do Cristianismo, a religião da Grande Mãe, pagã – que no sentido original da palavra refere-se a religião praticada nos campos; foi sendo destruída.
Durante a Idade Média , a Igreja Católica passou a considerar os rituais praticados na Antiga Religião como bruxaria, coisa do demônio, na tentativa de impor a crença num único Deus, poderoso, masculino e que punia e castigava aqueles que não obedeciam seus ritos e ensinamentos.
A Igreja utilizou-se de guerra psicológica, torturas e campanhas militares para alcançar seus objetivos. Criou a Inquisição para perseguir e punir todos aqueles que não professassem a fé católica.
O clero utilizando-se do poder adquirido como representante do Deus Uno, exigia do povo tudo o que desejava, principalmente bens materiais e sustentava assim um luxo inacessível ao povo que vivia nas cercanias dos feudos e igrejas.
Muitas das crenças do paganismo foram incorporaradas aos rituais cristãos, fossem por tentativas de manter vivos os antigos cultos pagãos, sem correr o risco de acabar na fogueira ou fosse pela inteligência dos padres e sacerdotes que busvam manter o rebanho dentro dos templos utilizando padrões e rituais com os quais as populações já estavam acostumadas, e sem contar que muitas igrejas ocupavam áreas que anteriormente eram templos pagãos.
A Igreja Católica transformou o paganismo em sinônimo de satanismo. Magos, sacerdotes e sacerdotisas das diversas tradições pagãs foram reprimidos no mundo ocidental, fosse pela força da lei ou das perseguições histéricas dos convertidos ao cristianismo.
Do século XV ao XVII milhares de processos sob a tutela da Inquisição percorreram tribunais eclesiásticos e civis por toda Europa e até no Novo Mundo. Pessoas foram torturadas, executadas em fogueiras, afogadas, tiveram membros arrancados e por qualquer razão, desde um tempero até disputas entre vizinhos levaram pessoas a serem consideradas como discípulos do Diabo. Todo conhecimento que fosse suspeito aos olhos da Igreja era motivo de perseguição.
O período chamado “Caça às Bruxas”, é considerado hoje como um período negro na história da humanidade. Uma simples suspeita era motivo para a execução. As mulheres eram as maiores vítimas. As antigas parteiras e curadoras, que através de suas tradições sabiam lidar com as ervas e com a natureza eram vistas como seguidoras do diabo e em outras ociasões o sadismo e interesses escusos dos acusadores podiam ter um viés que ultrapassava o zelo religioso contra as sacerdotisas do “diabo”.
Sem contar que muitas vítimas da Inquisição não eram praticantes do Paganismo, e sim pessoas com problemas mentais e físicos, ou adeptos de outras religiões tradicionais ( mulçumanos, judeus). E grande parte da riqueza atual da Igreja Católica foi construída nesse período, pois todos os bens dos acusados eram confiscados pela Igreja, o que tornou a chamada Santa Inquisição, um grande investimento.

Qual a origem da Igreja Católica?


A Igreja Católica Romana declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo em aproximadamente 30 d.C. A Igreja Católica proclama a si própria como a Igreja pela qual Jesus Cristo morreu, a Igreja que foi estabelecida e construída pelos Apóstolos. É esta a verdadeira origem da Igreja Católica? Pelo contrário. Mesmo uma leitura superficial no Novo Testamento irá revelar que a Igreja Católica não tem sua origem nos ensinamentos de Jesus, ou de Seus apóstolos. No Novo Testamento, não há menção a respeito do papado, adoração a Maria (ou a imaculada concepção de Maria, a virgindade perpétua de Maria, a ascensão de Maria ou Maria como co-redentora e mediadora), petição por parte dos santos no Céu pelas orações, sucessão apostólica, as ordenanças da igreja funcionando como sacramentos, o batismo de bebês, a confissão de pecados a um sacerdote, o purgatório, as indulgências ou a autoridade igual da tradição da igreja e da Escritura. Portanto, se a origem da Igreja Católica não está nos ensinamentos de Jesus e Seus apóstolos, como registrado no Novo Testamento, qual a verdadeira origem da Igreja Católica?
Pelos primeiros 280 anos da história cristã, o Cristianismo foi banido pelo Império Romano, e os cristãos foram terrivelmente perseguidos. Isto mudou depois da “conversão” do Imperador Romano Constantino. Constantino “legalizou” o Cristianismo pelo Edito de Milão, em 313 d.C. Mais tarde, em 325 d.C., Constantino conclamou o Concílio de Nicéia, em uma tentativa de unificar o Cristianismo. Constantino imaginou o Cristianismo como uma religião que poderia unir o Império Romano, que naquela altura começava a se fragmentar e a se dividir. Mesmo que isto aparente ser um desenvolvimento positivo para a igreja cristã, os resultados foram tudo, menos positivos. Logo Constantino se recusou a abraçar de forma completa a fé cristã, mas continuou com muitos de seus credos pagãos e práticas. Então, a igreja cristã que Constantino promoveu foi uma mistura de verdadeiro Cristianismo e paganismo romano.
Constantino achou que, com o Império Romano sendo tão grande, vasto e diverso, nem todos concordariam em abandonar seus credos religiosos e abraçar o Cristianismo. Então, Constantino permitiu, e mesmo promoveu a “cristianização” de crenças pagãs. Crenças completamente pagãs e totalmente não-bíblicas ganharam nova identidade “cristã”.
Pagãos não convertidos eram tomados como professores na Igreja e em numerosas ocasiões tinham permissão de continuar praticando muitos dos seus rituais e costumes pagãos, usualmente com algumas poucas reservas ou mudanças, para fazer com que suas crenças parecessem mais semelhantes à doutrina Cristã.

Seguem-se alguns claros exemplos 

disso:

E, de onde se origina a adoração a Maria?
(1)É importante frisar que a Igreja Cristã permaneceu pura e fiel ao Evangelho por cerca de 300 anos, que foi a idade de ouro dos mártires e santos perseguidos pela Roma pagã. Depois da “conversão” do imperador Constantino (312 d.C.), o Cristianismo foi declarado religião do estado e multidões pagãs foram aceitas na Igreja, passando pelo batismo, sem conversão alguma.

Os pagãos trouxeram seus rituais, cerimônias e práticas, que gradualmente foram sendo introduzidas na Igreja Cristã, com nomes cristãos, os quais comprometeram e corromperam a genuína fé primitiva, de modo que a Igreja foi se tornando romanizada e paganizada.Isto é fato histórico INCONTESTÁVEL.
O Culto a Ísis, deusa-mãe do Egito e esta religião, foram absorvidas no Cristianismo, substituindo-se Ísis por Maria. Muitos dos títulos que eram usados para Ísis, como “Rainha dos céus”, “Mãe de Deus” e “theotokos” (a que carregou a Deus) foram ligados a Maria. A Maria foi dado um papel exaltado na fé cristã, muito além do que a Bíblia a ela atribui, com o fim de atrair os adoradores de Ísis para uma fé que, de outra forma, não abraçariam. Na verdade, muitos templos a Ísis foram convertidos em templos dedicados a Maria. A primeira indicação clara da Mariologia Católica ocorre nos escritos de Origen, que viveu em Alexandria, Egito, que por acaso era o lugar principal da adoração a Ísis.
(2) O Mitraísmo foi uma religião no Império Romano do 1º ao 5º século d.C. Foi muito popular entre os romanos, em particular entre os soldados romanos, e foi possivelmente a religião de vários imperadores romanos. Mesmo que jamais tenha sido dado ao Mitraísmo um status “oficial” no Império Romano, foi de fato religião oficial até que Constantino e imperadores romanos que o sucederam substituíram o Mitraísmo pelo Cristianismo. Uma das principais características do Mitraísmo era a refeição sacrificial, que envolvia comer a carne e beber o sangue de um touro. Mitras, o deus do Mitraismo, estava “presente” na carne e no sangue do touro, e quando consumido, concedia salvação àqueles que tomavam parte da refeição sacrificial (teofagia, comer o próprio deus). O Mitraísmo também possuía sete “sacramentos”, o que faz com que as semelhanças entre o Mitraísmo e o Catolicismo Romano sejam tão numerosas que não as podemos ignorar. Constantino e seus sucessores encontraram um substituto fácil para a refeição sacrificial do Mitraísmo no conceito da Ceia do Senhor/Comunhão Cristã. Infelizmente, alguns cristãos primitivos já haviam ligado o misticismo à Ceia do Senhor, rejeitando o conceito bíblico de uma simples e adorativa rememoração da morte e sangue derramado de Cristo. A romanização da Ceia do Senhor completou a transição para a consumação sacrificial de Jesus Cristo, agora conhecida como a Missa Católica/Eucaristia.
(3) A maioria dos imperadores romanos (e cidadãos) era henoteísta. Um henoteísta é alguém que crê na existência de muitos deuses, mas dá atenção especial a um deus em particular, ou considera um deus em particular como supremo e acima dos outros deuses. Por exemplo, o deus romano Júpiter era supremo acima do panteão romano de deuses. Os marinheiros romanos eram freqüentemente adoradores de Netuno, o deus dos oceanos. Quando a Igreja Católica absorveu o paganismo romano, ela simplesmente substituiu o panteão de deuses pelos santos. Assim como no panteão romano de deuses havia um deus do amor, um deus da paz, um deus da guerra, um deus da força, um deus da sabedoria, etc, da mesma forma, na Igreja Católica havia um santo “responsável” por cada uma destas coisas, e muitas outras categorias. Assim como muitas cidades romanas tinham um deus específico para ela, também a Igreja Católica providenciou “santos padroeiros” para as cidades.
(4) A supremacia do bispo romano (o papado) foi criada com o apoio de imperadores romanos. Com a cidade de Roma sendo o centro do governo para o Império Romano, e com os imperadores romanos vivendo em Roma, a cidade de Roma alcançou proeminência em todos os aspectos da vida. Constantino e seus sucessores deram apoio ao bispo de Roma como governante supremo da Igreja. Logicamente é o melhor para a unidade do Império Romano que o governo e estado religioso sejam centralizados no mesmo lugar. Mesmo a maioria de outros bispos (e cristãos) resistindo à idéia da supremacia do bispo romano, o bispo romano ascendeu à supremacia, por causa do poder e influência dos imperadores romanos. Quando houve a queda do Império Romano, os papas tomaram para si o título que anteriormente pertencia aos imperadores romanos – Máximo Pontífice.
Muitos outros exemplos poderiam ser dados. Estes quatro devem ser suficientes para demonstrar a verdadeira origem da Igreja Católica. Logicamente a Igreja Católica Romana nega a origem pagã de seus credos e práticas. A Igreja Católica disfarça suas crenças pagãs sob camadas de teologia complicada. A Igreja Católica desculpa e nega sua origem pagã sob a máscara de “tradição da igreja”. Reconhecendo que muitas de suas crenças e práticas são em essência estranhas à Escritura, a Igreja Católica é forçada a negar a autoridade e suficiência da Escritura.
A origem da Igreja Católica é a trágica mistura de Cristianismo com religiões pagãs que o cercavam. Ao invés de proclamar o Evangelho e converter os pagãos, a Igreja Católica “cristianizou” as religiões pagãs e “paganizou” o Cristianismo. Embaçando as diferenças e apagando as distinções, sim, a Igreja Católica se fez atraente às pessoas do Império Romano. O resultado foi que a Igreja Católica se tornou a religião suprema no “mundo romano” por séculos. Contudo, um outro resultado foi a mais dominante forma de apostasia cristã do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo e da verdadeira proclamação da Palavra de Deus.

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