Pretas velhas, índias velhas, caboclas guerreiras, presença selvagem.
Saúdo minhas ancestrais.
Mães Antigas, Virgens Santas, as Bruxas e Benzedeiras, velhas guardiães dos saberes e mistérios.
Cá escuto dentro do peito, todas as preces, orações e rezas, sortilégios, feitiços e sopros .
Ouço seus cantos sagrados, sinto o calor das mãos dadas á beira do fogo.
Ouço seus cantos sagrados, sinto o calor das mãos dadas á beira do fogo.
Ouço os tambores que regougam as almas, vozes, sussurros, sorrisos, gargalhadas que curam.
Saúdo minhas ancestrais, terços e rosários, ervas perfumadas, poemas revelados, conselhos da Voz Antiga.
Saúdo o poder do Ventre em toda mulher, por todas as eras, as mulheres são as guardiães dos mistérios femininos.
Saúdo o poder do Ventre em toda mulher, por todas as eras, as mulheres são as guardiães dos mistérios femininos.
Gracias e honras ás velhas tão velhas, ás raizeiras das montanhas, ás rezadeiras dos rios, ás feiticeiras dos céus, das luas e das florestas, ás deusas negras, profundas na terra.
Gratidão e alegria por sua herança sagrada ressoar em nós, corpos consagrados, em memória reacesa, aqui e agora.
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