Mostrando postagens com marcador Movimento Umbandista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Movimento Umbandista. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Umbanda e candomblé na Europa

Pais-de-santo profissionalizam os rituais afros e expandem a prática pelo Velho Continente
Pais-de-santo profissionalizam os rituais afros e expandem a prática pelo Velho Continente
Carina Rabelo, de Berlim (Alemanha)
i73873.jpg 
Desde que foi convidado, há 19 anos, para ministrar aulas de dança afro numa escola em Berlim, na Alemanha, Murah Soares, 38 anos, criado e iniciado num terreiro de candomblé na Bahia, é surpreendido por alunos que lhe pedem a bênção após as coreografias. Daí nasceu a convicção de que tinha um terreno fértil para difundir sua crença entre os alemães. Em 4 de dezembro de 2007, Murah oficializou o Ilê Axé Oyá, o primeiro terreiro de candomblé na Alemanha com as bases religiosas do Brasil. Em julho deste ano, ele foi reconhecido oficialmente após a bênção da Mãe Beata, de Nova Iguaçu (RJ), uma das mais respeitadas do Brasil. Assim como Murah, muitos pais-de-santo e mães-de-santo escolheram a Europa para desenvolver e plantar o culto aos caboclos e orixás.
A receptividade dos europeus à diversidade de manifestações culturais e religiosas é fomentada pela presença maciça de imigrantes no Velho Continente. Segundo a Eurostat, comissão que divulga as estatísticas da Europa, em 2007 o continente tinha mais de 1,8 milhão de imigrantes legais, o triplo de 1994, quando eram 590 mil. Diante do desafio de dialogar com a pluralidade cultural que invade as ruas, a Europa revela um interesse crescente pela diversidade, pelo exótico, pela identidade e pela religião das outras nações.
Em 1974, de carona na onda do esoterismo, surgiram os primeiros terreiros de umbanda e candomblé na Europa, ainda reduzidos às práticas de magia. A partir do sucesso internacional dos trabalhos do fotógrafo e escritor francês Pierre Verger, pilar da difusão do candomblé pelo mundo, começaram os festivais multiculturais e de fomento ao intercâmbio de estudantes e pesquisadores entre Brasil e Europa. Assim, a dança e a musicalidade dos cultos afros se tornaram o ponto de partida para o interesse pela religião.
“Na Europa, há mais tolerância do que no Brasil, onde os cultos ainda sofrem os ataques dos evangélicos. Na Alemanha, ela é vista com respeito, admiração e curiosidade”, diz Murah, que também é presidente da ONG Fórum Brasil, que promove a difusão da cultura brasileira através de workshops e seminários. O Ilê Axé Oyá, em atividade há seis anos, reúne 300 alemães e imigrantes nas festividades religiosas.
i73874.jpg
 Enquanto o candomblé e a umbanda se popularizaram no Brasil pelas magias, curas e benefícios imediatos, os europeus se interessaram pelo aspecto antropológico dessas religiões. “Os europeus têm curiosidade pelos fundamentos teóricos e a história dos cultos. O que os motiva também na iniciação é a resposta imediata na comunicação com as entidades, o que não ocorre nas demais crenças. Eles sabem que o orixá está ouvindo”, comenta o pai-de-santo italiano Mário Quintano, 40 anos, presidente da Associazione per la Diffusione del Candomblé, na Itália. Após a iniciação no Brasil, Mário se mudou para Arborio, na região do Piemonte, onde administra há oito anos o terreiro de candomblé Ilê Asé Alaketu Ayrá.
No Velho Mundo, algumas adaptações devem ser feitas para garantir o bom convívio com a comunidade local. Áustria, Alemanha e Suíça, por exemplo, rejeitam a centralização do comando religioso numa única figura. “Procuro diminuir a hierarquia no meu terreiro para que todos se sintam incluídos e conscientes do que ocorre lá”, comenta a psicoterapeuta austríaca Astrid Habiba Kreszmeier, 44 anos, que adotou o nome Habiba de Oxum Abalo, após ser iniciada no Brasil pelo pai-desanto Carlos Bubby, em São Paulo. Há dois anos, Habiba fundou o terreiro Terra Sagrada na cidade de Graz, na Áustria, com filiais na Suíça, em Zurich, e na Alemanha, em Landsberg.
Entre as adaptações estão as modificações no culto, que devem estar de acordo com a legislação européia (leia quadro). Thales Fonseca, 29 anos, que se intitula Comandante Chefe do Terreiro Umbanda Temple, fundado em maio de 2007, em Londres, na Inglaterra, reconhece a rigidez das leis e considera algumas delas benéficas para a religião. “Aqui, se alguém discrimina o outro pela fé, vai parar na cadeia. A ação da polícia é muito rápida para coibir a intolerância religiosa.” Criado por uma fervorosa evangélica e freqüentador assíduo dos cultos protestantes, ele recebeu críticas quando decidiu ser iniciado na umbanda aos 15 anos. “As entidades disseram que eu deveria trazer a religião para os ingleses, que estão carentes de um trabalho espiritual gratuito. Foi quando descobri o meu caminho”, afirma.
Pesquisadores da religião reconhecem a expansão dos cultos afros na Europa, mas são reticentes em considerar que o interesse dos europeus tem um engajamento verdadeiramente religioso. “O candomblé e a umbanda são tão curiosos para eles como a capoeira, os atabaques e a dança folclórica. É um interesse pela diversidade cultural, como ocorre com a world music. Teriam a mesma empolgação pela manifestação cultural dos aborígines australianos, por exemplo”, pondera o sociólogo Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo. Com ou sem legítimos praticantes, o fato é que o candomblé e a umbanda já não são mais vistos como “macumba” no Velho Continente.
i73875.jpg

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vale a pena conferir!!!


http://www.ftu.edu.br/Site/producoes/POR_UMA_NOVA_METODOLOGIA.pdf


Aranauan, Saravá meus irmãos planetários,

A publicação 79 A Umbanda é mesmo de todos nós! disponível no site http://sacerdotemedico.blogspot.com/  reforça o posicionamento  da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino (OICD) sobre a sociedade civil e a interação entre as diversas religiões no Brasil e no mundo. A OICD é a instituição mantenedora da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) e como tal enseja na academia criar e firmar as pontes de diálogo entre Filosofia, Ciência, Arte e Religião.

Neste sentido eu, na condição de pesquisador em Filosofia do PPGF-UGF/RJ, o prof. Antônio da Luz da FTU e a teóloga umbandista Carolina da Luz (formada na FTU) apresentamos um segundo artigo acadêmico para discutir a história do movimento umbandista e uma proposta de compreensão da mesma.  Trata-se do artigo: 


 “POR UMA NOVA METODOLOGIA PARA A HISTÓRIA DO MOVIMENTO UMBANDISTA E SUA LITERATURA: O CONCEITO DE ESCOLAS” 
Resumo: O presente artigo realiza uma breve introdução sobre a evolução da História enquanto ciência, seu telos e, em particular, os métodos propostos pela historiografia que balizam a lisura da pesquisa, estudo ou obra que pretende se ocupar da história, com especial ênfase no Movimento Umbandista. Este artigo pretende também propor o paradigma de Escolas Umbandistas, criado e desenvolvido por F. Rivas Neto para o meio acadêmico e religioso, como ferramenta teórica aplicável para a historiografia deste Movimento.
Palavras chave: Escolas, História, Historiografia, Metodologia, Movimento Umbandista.

Disponível em: http://www.ftu.edu.br/Site/detalheProdAcademica.php?id_producao=71


O artigo apresenta os seguintes capítulos de desenvolvimento crítico de conteúdo:

·         A HISTÓRIA DA HISTÓRIA – BREVE RETROSPECTO

·         OS DESAFIOS DA MEMÓRIA E DA HISTORIOGRAFIA

·         AS DIFERENTES ETAPAS DA HISTOGRAFIA

·         FONTES DE PESQUISA

·         TIPOS DE FONTES DE PESQUISA

·         O PROBLEMA DA HISTÓRIA: O ENCONTRO DA CONSCIÊNCIA COM A ALTERIDADE

·         UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA HISTORIOGRAFIA DO MOVIMENTO UMBANDISTA

·         CONCLUSÃO

·         ANEXOS


Em tempo. Este artigo foi precedido pelo texto “ENTRE A CARIDADE E A CIDADANIA ESPIRITUAL - Marchas e contramarchas nos 84 anos de literatura Umbandista – " publicado no mesmo sítio eletrônico e de autoria exclusiva da teóloga umbandista Carolina da Luz.


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)

Postagem em destaque

A importância do Ponto de Referência

O ÂNGULO QUE VOCÊ ESTÁ, MUDA A REALIDADE QUE VOCÊ VÊ Joelma Silva Aprender a modificar os nossos "pontos de vista" é u...