sexta-feira, 11 de abril de 2014

Curso de Especialização em Teologia das Religiões Afro-brasileiras - FTU


Você já pensou em fazer uma pós-graduação lato sensu (especialização) em teologia afro-brasileira?

Além de São Paulo, onde o curso já funciona, a FTU está abrindo turmas PRESENCIAIS em outros estados do país.


Polos já confirmados: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba!
Próximos polos: Porto Alegre e Brasília

Maiores informações: joao.carneiro@ftu.edu.br

Módulos que serão ministrados:

1. ESCOLAS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS (Toré, Xambá, Babassuê, Tambor de Mina, Catimbó (Jurema), Terecô, Pajelança, Batuque, Candomblé de Caboclo, Umbanda e suas variações, Candomblé e suas variações).

2. VIVÊNCIAS DA TRADIÇÃO ORAL: CULTURA, IDENTIDADE E MÚSICA NAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS (tradição oral, formação do campo religioso afro-brasileiro, identidade e diversidade, musicalidade sacra afro-brasileira -com os vários toques e instrumentos sagrados que a compõem)

3. SOCIEDADE, GÊNERO E RELIGIÃO ( fenômeno religioso como “construto social” e como “formador de significados” (Peter Berger), o poder (Max Weber e Michel Foucault), relações entre religião e poder, espaço público, gênero, sexualidade)

4. ETNOMEDICINA E MEIO-AMBIENTE NAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS (“Ori”, “Bará”, doença e saúde, Medicina Oficial Acadêmica, Medicina Integrativa, Meio-Ambiente, Ervas como fonte de curas naturais e sobrenaturais, sustentabilidade)

5. METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR (capacidade de análise teológica integrativa entre pensamento, linguagem, escrita e prática científica)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

FTU conta agora com cursos EAD!


O Poder das Ervas rituais e medicinais nas Religiões Afro-brasileiras


http://ftu.eadbox.com/cursos/o-poder-das-ervas-rituais-e-medicinais-nas-religioes-afro-brasileiras-%7C-completo



sexta-feira, 7 de março de 2014

Mais uma vitória dos Insiders das Religiões Afro-brasileiras na Academia


Desde a fundação da FTU por Pai Rivas, os teólogos com ênfase nas religiões afro-brasileiras invadiram os congressos de teologia, sociologia, antropologia e religião no Brasil e no mundo. Ativos e batalhadores, levam a visão dos insiders à Academia.
No começo, o estranhamento foi natural. Setores conservadores receberam com desconfiança os "macumbeiros" disfarçados de estudiosos. Mas, pouco a pouco os insiders ganharam respeito e seus artigos publicados. Os Congressos da FTU são disputadíssimos e grandes pesquisadores nacionais e internacionais acorrem a eles para debater assuntos profícuos. 
Ontem vivemos mais um dia de vitórias para as Religiões afro-brasileiras. Mais uma teóloga defendeu seu mestrado, recebendo nota 10 unânime, e encerra seu mestrado com louvor. A Sacerdotisa e Teóloga Maria Elise Rivas, Mestra Yamaracyê (Obalolá de Xangô), esposa de Pai Rivas, defendeu sua tese na, não mais que conservadora, instituição PUC/SP. Sua tese surpreende pela coragem, tendo sido intitulada "Teologia usa saias". Defender uma tese dessas, em uma instituição como o PUC/SP, somente tendo como origem a FTU. Ela já admite que se estenderá ao doutorado, como sempre, batalhadora! 
Outros teólogos da FTU a seguirão. Érica Jorge já defendeu seu mestrado em Sociologia, e agora está no doutorado. João Luiz Carneiro também está no seu doutorado. Olavo Solera está no mestrado, e outros estão na luta. Todos carregam a  bandeira de nossa religião com orgulho e nos estimulam a fazer o mesmo. E continuemos... muito há ainda a conquistar. 
Paó Sacerdotisa e agora Mestra Yamaracyê!!! 

Depoimentos de irmãos de Santé:

Porque a gente não cansa de ter vitórias! A de hoje foi a aprovação com louvor da dissertação de mestrado de Maria Elise Rivas no Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUCSP. Teóloga formada na FTU (ênfase nas religiões afro-brasileiras) e mãe de santo, Maria Elise discorreu sobre a interface entre as questões de gênero e a profissionalização da teologia no Brasil. Eu estive presente e me emocionei. Primeiro, porque a conheço e sei de sua luta pela teologia afro-brasileira de qualidade, seja com religiosos e/ou acadêmicos. Segundo, e talvez mais importante, foi a de ver o entrelaçamento entre o saber religioso e o saber acadêmico, expresso na sua pessoa e no seu trabalho. Hoje estamos em festa! Maria Elise é fruto dos bons! Fruto que se iniciou no terreiro com Pai Rivas, se bacharelou na primeira instituição de teologia afro-brasileira no mundo e agora finda uma etapa com louvor! Sua vitória é uma vitória do povo de santo e prova de que a espiritualidade não erra. Os que afrontam suas ideias, seu posicionamento, sua raiz, hoje testemunharão sua vitória!! Aliás, hoje e sempre! Apresento apenas o vídeo da avaliação final da banca examinadora! E, para breve, sua pesquisa (inédita segundo as professoras) será publicada! Axé!!! (Érica Jorge)

Acompanhei a profa. Msc. Maria Elise Rivas, ou melhor, minha querida irmã de santo Yamaracyê (Sacerdotisa poderosa de Xangô - Obalolá). Muitos são seus predicados, enumerá-los seria um equívoco, porque não expressaria com clareza a satisfação de conviver com uma Iniciada que honra seu Mestre e sua Raiz com dedicação integral à Comunidade de Axé, à Banda.
Mas gostaria de repetir algumas palavras da banca, já que tive a felicidade de assistir a defesa da Yamaracyê. A banca foi unânime em dizer que seu trabalho é paradigmático e histórico. Foram além, “este trabalho torna-se leitura obrigatória”. Detalhe, quem afirmou esta última frase foi a profa. Dsc. Maria José Rosado Nunes, uma das maiores referências em gênero no país.
Não basta quebrar tabus. Uma sacerdotisa se tornar uma das primeiras teólogas afro-brasileiras da história foi só o começo. Não satisfeita, avança na pós-graduação em outra área do saber acadêmico (Ciências da Religião) e constrói uma dissertação com status de tese (aliás, outra frase da banca) com qualidade para ser referência no campo de pesquisa abordado.
Vida Longa a esta Mestra das religiões afro-brasileiras, e agora também da academia, que representa a nossa Tradição com a Valência de Xangô e Oguian. Axé! (João Luiz Carneiro)

Paó a Yamaracye - Marie Elise Rivas, pela dedicação e e no final sempre vencedora. Sei o quanto é difícil vencer obstáculos do preconceito e que sobeja na academia e na sociedade, por isso esta vitória tem um sabor a mais para todos nós que somos das religiões afro brasileiras, pois junto com a Yamaracye ia um pouquinho de todos nós...Axé! (Olavo Solera)

Quanta felicidade e merecimento!
Sacerdotisa Yamaraciê, não foram necessários muitos anos de convívio com você para eu perceber a pessoa maravilhosa que é. 
Seja como mãe, teóloga ou nas coisas do Santo, que em nossa Comunidade aprendemos a unificar.
Sua conquista me emociona não só pelo fato de mostrar inúmeras possibilidades que a mulher tem em vários âmbitos, mas principalmente por estar a frente das Religiões Afro-brasileiras levando principalmente os ensinamentos de nosso Babá através da vivência adquirida em anos de discipulado.
Me lembro com muita felicidade o dia em que recebi você e a Aracyauara em meu Terreiro, o respeito que tiveram comigo, tudo o que conversamos naquele dia e principalmente o que me falou antes de ir embora: "Você só precisa de um Pai de Santo, menina!". E se hoje tenho as mãos de meu Babá, Pai Rivas em meu Ori, uma parcela disso devo a você que mediou este encontro.
Tenho profunda admiração por você. Parabéns! Axé! (Fabiula Berti)



Fotos: https://www.facebook.com/erica.jorge.161?fref=ts

Para quem deseja ver o vídeo da defesa:
https://www.facebook.com/photo.php?v=556781874420729&set=vb.100002667645876&type=2&theater


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Rito da Lavagem de contas como confirmação de compromisso com a Ancestralidade!


Arte: Érica Jorge
Renovar o compromisso de fidelidade ao nosso Babá foi maravilhoso. Receber um acréscimo de axé e uma confirmação de vínculo à sua ancestralidade é um privilégio. O mais emocionante foi receber as contas lavadas, o abô no Ori e novamente a mão de nosso Babá, confirmando o compromisso de discípulo-mestre, de filho ao pai. Que todos nós saibamos honrar seu nome e sua Casa. Axé Baba mi!

Neste ano de 2014 completo 7 anos na OICD.

Ainda me surpreendo como o tempo nos envolve, e nos faz dia após dia descortinarmos novos horizontes. Desafio após desafio, um dia percebermos que ele passou, e que caminhamos muito, aprendemos muito e avançamos muito em nossa compreensão da vida. Maturidade, essa é a palavra! O tempo, associado ao aprendizado oferecido por um Mestre de fato e de direito, amadurece-nos o espírito imortal.


Minha gratidão eterna a Pai Rivas por sua paciência e sabedoria. Axé Baba mi.

Minha gratidão eterna às Santas Almas do Cruzeiro Divino por sua misericórdia e compaixão.

E à minha comunidade de santo, que tanto têm me confortado, com suas palavras doces e amigas, obrigada! Somente quem tem uma sabe do que eu estou falando. Muito obrigada a todos, um a um, por todo o carinho que a mim foi endereçado durante todos estes anos.

Aos mais velhos, a benção; aos mais novos, meus respeitos. 
Que meus passos possam refletir a sabedoria de toda a ancestralidade que represento.

Ao fazer toda esta revisão dos anos passados, entristece-me muito perceber que alguns que dividiram comigo esta inigualável experiência, não mais estão aqui, retiraram-se. Lamento por eles, um a um.

Os embates astrais fragilizam e derrubam, se não nos for dada a cobertura necessária de nossos guias e principalmente do Orixá. E o Mestre nos liga a essas correntes superiores, que nos aliviam nas lutas do dia a dia.


Mas, acredito que mesmo a derrota pode trazer aprendizado, se for absorvida e metabolizada. Toda fênix renasce. Mas não foi o caso. O uso insistente de meios digitais para denegrir e corromper a imagem de tudo que um dia admiraram e defenderam, é lamentável. 

Não reconheço mais estas pessoas, que um dia foram irmãos, que ausentes de suas obrigações com o Axé e com o Orixá, passaram a atacar, corromper, e abalar até àqueles mais incautos, imaturos, e jovens. De forma vil e rasteira, utilizam das fraquezas dos mais imaturos, para incutir dúvidas e discórdias. Lamento por estes também, ceifados ainda no broto. Como promessas, perdidas na lama da ilusão. 

Mas, faz parte também da maturidade espiritual compreender que cada um tem seu caminho, mesmo que ele seja de espinhos e pedras, voluntariamente escolhido e trilhado. Respeitar as escolhas do outro é um dever de todos nós. E mais uma vez o Tempo é senhor. E não há mal que tanto dure

Esperemos o senhor Tempo, que ele cure todas as feridas abertas pela intolerância, pela vaidade, e pelo orgulho.







quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

24 de Novembro - Dia do Sacerdote e Sacerdotiza de religião de matriz africana

LEI Nº 12.950 DE 14 DE FEVEREIRO DE 2014 INSTITUI O 24 DE NOVEMBRO - DIA DO SACERDOTE E SACERDOTISA DE RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA.



O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica instituído, no Estado da Bahia, dia 24 de novembro - Dia do Sacerdote e Sacerdotisa de Religião de Matriz Africana.

Art. 2º - Entidades Religiosas e do Movimento Negro poderão produzir atividades referentes ao tema, tais como divulgação da história da religião de matriz africana, trabalho educativo nas escolas, associando-se à Lei 10.639/2003, por Entidades Religiosas e do Movimento Negro.

Art. 3º - As atividades mencionadas no art. 2º desta Lei deverão ser inseridas também da programação oficial anual da Semana da Consciência Negra, constituindo-se como mais uma atividade agregada ao calendário do Mês da Consciência Negra.

Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 14 de fevereiro de 2014.

JAQUES WAGNER

Governador

Rui Costa

Secretário da Casa Civil Elias de Oliveira Sampaio

Secretário de Promoção da Igualdade Racial 


http://www.matambatombencineto.blogspot.com.br/

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Relatório da ONU 2014: Desenvolvimento não é acompanhado de avanços sociais.

Novo relatório da ONU diz que o desenvolvimento conquistado nos últimos 20 anos não pode ser sustentado a menos que os governos enfrentem as desigualdades que afetam os mais pobres e marginalizados 

• O número de pessoas vivendo na pobreza extrema em países em desenvolvimento caiu drasticamente, de 47% em 1990 para 22% em 2010
• Por outro lado, muitos dos cerca de 1 bilhão de pessoas que vivem nos 50 / 60 países pobres ficam estagnados, enquanto o resto do mundo está mais rico
Nações Unidas, Nova York — O crescimento das desigualdades pode fazer retroceder os ganhos significativos em saúde e longevidade alcançados nos últimos 20 anos. Para sustentar esses ganhos, o Relatório Global das Nações Unidas sobre a CIPD para Além de 2014, lançado no último dia 12, argumenta que os governos devem aprovar e cumprir leis que protejam os mais pobres e marginalizados, incluindo as garotas adolescentes e mulheres vítimas da violência, bem como as populações rurais. 
O relatório é a primeira revisão verdadeiramente global do progresso, lacunas, desafios e questões emergentes relacionados ao marco da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada em 1994 no Cairo, Egito. O documento reúne dados de 176 países, incluindo insumos da sociedade civil e ampla pesquisa acadêmica. Os resultados fornecem fortes evidências que confirmam o foco inovador do Programa de Ação do Cairo, colocando os direitos humanos e a dignidade individual no coração do desenvolvimento.
“Um compromisso fundamental com a dignidade individual e os Direitos Humanos é a base de um futuro resiliente e sustentável”, disse o Diretor Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Osotimehin. “Não podemos esperar outros 20 anos para resolver as desigualdades que assolam o nosso bem-estar coletivo. A hora de agir é agora. Os ganhos do desenvolvimento não devem ser limitados aos mais afortunados; eles devem alcançar todas as populações”.
O relatório mostra claramente que o Programa de Ação do Cairo contribuiu significativamente para o progresso tangível: menos mulheres estão morrendo na gravidez e no parto; o atendimento por profissionais qualificados durante o parto aumentou em 15% em todo o mundo desde 1990; mais mulheres têm acesso à educação, trabalho e participação politica; mais crianças estão indo para a escola; e menos garotas adolescentes estão tendo filhos. O ritmo de crescimento da população também diminui, em parte como resultado da nova abordagem que enfatiza a tomada de decisão individual e voluntária em questões populacionais.
Ele também mostra que este sucesso não está alcançando a todas e todos igualmente. Nas comunidades mais carentes o status das mulheres, as mortes maternas, o casamento infantil e muitas das preocupações da Conferência do Cairo observaram pouco progresso nos últimos 20 anos, e, de fato, estão piorando em alguns casos.
Garotas adolescentes, em particular, estão em risco nas comunidades mais pobres. Mais garotas estão terminando o ensino fundamental, mas estão encarando novos desafios para acessar e completar o ensino médio. Isso é problemático para todos porque as adolescentes e jovens – se tiverem acesso à educação, incluindo educação em sexualidade, e oportunidades de emprego – podem apoiar um maior desenvolvimento e crescimento econômico. Capitalizar suas aspirações requer um profundo investimento em educação e saúde reprodutiva, permitindo-lhes ter filhos mais tarde e adquirir uma formação para uma vida longa e produtiva em uma nova economia.
“Nós precisamos fazer a nossa parte para proteger o direito de acesso das adolescentes aos serviços de saúde sexual e reprodutiva”, disse Dr. Osotimehin. “O relatório fornece evidências convincentes de que a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos são fundamentais para o alcance do bem-estar individual, menor crescimento da população e crescimento econômico sustentável. Para garantir que as mulheres tenham uma participação no futuro, os governos devem fazer valer os direitos de garotas adolescentes”.
O relatório também conclui que a comunidade global ainda precisa fazer mais para proteger os direitos das mulheres, mesmo para além da adolescência. Ganhos significativos têm sido alcançados, particularmente em relação à morte materna, que diminuiu quase a metade (47%) desde 1994. No entanto, em uma das declarações mais alarmantes, o relatório diz que uma em cada três mulheres no mundo ainda relatam que sofreram abuso físico e/ou sexual e há áreas onde muitos homens admitem abertamente o estupro sem ter que enfrentar as consequências. Além disso, em nenhum país as mulheres são iguais aos homens em termos de poder político ou econômico.
Estes resultados fornecem uma base sólida de evidência de que, para manter os ganhos do desenvolvimento, os governos devem promulgar e aplicar leis que eliminem as desigualdades de gênero. De acordo com o relatório, 70% dos governos disseram que a igualdade e os direitos são prioridades para o desenvolvimento.
O relatório complete esta disponível aqui (somente em inglês): http://unfpa.org/public/home/sitemap/ICPDReport
http://www.unfpa.org.br/novo/index.php/716-desenvolvimento-erra-o-caminho-ao-ignorar-equidade-direitos-e-saude-da-mulher-alerta-onu

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