quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Índice de Valores Humanos - IVH

QUARTA-FEIRA, FEVEREIRO 17, 2010

Vice Presidente José de Alencar

Esta notícia foi divulgada no portal Gestão Sindical, do amigo Oswaldo Braglia (tem link aí do lado direito).


Índice dos Valores Humanos, o que é isso?


O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) dá início em 2010 aos trabalhos para calcular pela primeira vez o IVH no Brasil. IVH é o Índice de Valores Humanos, um indicador que já foi levantado em países como México, França e Portugal. Com a ajuda do IVH, governos, entidades privadas e públicas terão em mãos uma eficaz ferramenta para auxiliar na definição de políticas em áreas como educação, saúde, segurança, habitação, assistência social, cultura e muitas outras.

O IVH reflete as expectativas, sonhos e ambições da população, apresenta as carências e as necessidades de uma comunidade, expõe as prioridades de cada determinado grupo e pode funcionar como uma eficaz bússola na orientação dos rumos a serem tomados por governantes e pessoas que decidem sobre políticas públicas que visem o bem estar comum e uma maior e melhor qualidade de vida.

Falar de valores humanos significa, sobretudo, destacar a capacidade das pessoas como protagonistas na construção de uma realidade. É a partir de sua consciência que as coisas ganham importância, acontecem e se transformam. A mente humana é quem estabelece princípios que lhe permitem distinguir o bem do mal, o que é desejável e o que não é e qual o caminho para a busca do seu ideal de realização da felicidade. E esses valores mudam de acordo com cada região, cada tendência histórica. Sentimentos e atributos como amor, honestidade, paz, sabedoria, justiça, respeito, tolerância e fé adquirem diferentes pesos e relevância na vida de cada grupo de pessoas.

Eles são uma manifestação da percepção que cada sociedade tem de sua situação, envolvendo uma série de componentes positivos e negativos: éticos / antiéticos, justos / injustos, honestos / desonestos e assim por diante. Como ingredientes básicos de uma cultura, os valores humanos mudam de conformidade com a idiossincrasia política, social, cultural e histórica da comunidade que os produz.

A qualidade de vida das pessoas não pode ser medida apenas por uma somatória de indicadores econômicos e sociais. É preciso levar em conta também essas particularidades de cada sociedade, suas demandas e suas prioridades. Por essas e por outras, é possível dizer que o IVH será uma evolução do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O IDH contempla apenas três dimensões: educação, renda e longevidade. Embora sejam aspectos importantes da qualidade de vida, são informações insuficientes para comparar a qualidade de vida entre diferentes comunidades. O IDH certamente é um importante instrumento de avaliação, mas a verdade é que a qualidade de vida é um conceito subjetivo e, por esse motivo, difícil de ser mensurado.

E essa busca de uma base conceitual para a obtenção de medidas de bem-estar segue sendo uma questão polêmica para os economistas e sociólogos, pois, além de envolver aspectos normativos, tais medidas carregam imperfeições no campo teórico e diversas dificuldades no campo prático. As dificuldades incluem desde a falta de disponibilidade de dados sobre as múltiplas dimensões do bem-estar até a falta de consenso sobre a forma e o motivo para o uso de um recurso analítico, tal como a função de bem-estar de base neoclássica. Além disso, muita gente considera que toda e qualquer medição é redutora da realidade. No entanto, a simplificação de informações por meio de índices é uma importante ferramenta para a sociedade definir políticas públicas.
Apesar de todos esses desafios práticos e das controvérsias teóricas, uma medida de bem-estar como o IVH é um recurso necessário no diagnóstico de vulnerabilidades socioeconômicas, podendo, além de contribuir para o estabelecimento de políticas públicas e melhorar a qualidade das informações requeridas na definição de estratégias empresariais.

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