sexta-feira, 1 de abril de 2011

Afeganistão: “Este foi um ataque ultrajante e covarde contra a ONU”, diz Secretário-Geral

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou veementemente os ataques desta sexta-feira (01/04) que resultaram na morte de funcionários das Nações Unidas, quando manifestantes invadiram o complexo da Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA), na cidade de Mazar-i-Sharif no norte do país.
“Este foi um ataque ultrajante e covarde contra funcionários da ONU que não pode ser justificado sob nenhuma circunstância, que eu condeno nos termos mais fortes possíveis”, declarou Ban. Ele estendeu as condolências aos mortos e feridos nos ataques, bem como às suas famílias.
Ban disse ainda que o Representante Especial para o Afeganistão e Chefe da UNAMA, Staffan de Mistura, que se dirigiu à cidade de Mazar-i-Sharif para lidar com a situação, também foi encarregado de tomar todas as providências necessárias para assegurar a segurança dos funcionários da ONU no país.
O número exato de funcionários da ONU mortos ainda não foi estabelecido, mas o porta-voz da ONU em Nova York disse que houve um “substancial número de mortos e feridos, incluindo funcionários da ONU e os guardas que estavam tentando protegê-los”.

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Sete funcionários estrangeiros da ONU e cinco manifestantes afegãos foram mortos quando um grupo atacou o escritório da ONU em Mazar-I-Sharif, principal cidade do norte do Afeganistão, segundo um novo registro anunciado pelo governador provincial. De acordo com a agência Reuters, o número de mortos pode chegar a 20.
"Dos sete funcionários da Unama (Missão da ONU no Afeganistão) que foram mortos, cinco são nepaleses e dois são europeus, uma mulher e um homem", declarou Atta Mohammad Nour, governador da província de Balkh, da qual Mazar-I-Sharif é a capital. 

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"Cinco manifestantes foram mortos e 20 ficaram feridos", acrescentou durante uma entrevista coletiva à imprensa, afirmando que "mais de 20 insurgentes envolvidos no ataque foram presos". 
"Não estava prevista a chegada da manifestação aos escritórios da Unama, mas um grupo de insurgentes atacou a sede da Unama", explicou o governador.
O chefe da polícia para o norte do Afeganistão havia declarado anteriormente que oito membros da ONU tinham sido mortos.
Um porta-voz da ONU em Nova York confirmou o ataque, indicando que havia "mortos" entre funcionários da ONU, sem especificar seus nomes.
Um porta-voz da polícia de Mazar-I-Sharif, Lal Mohammad Ahmadzai, afirmou à AFP que insurgentes "talebans se infiltraram entre os manifestantes".
Ahmadzai assegurou que dois funcionários da ONU mortos foram decapitados, afirmação desmentida por uma autoridade provincial da polícia, o general Abdul Rauf Taj: "Ninguém foi decapitado. Eles receberam tiros na cabeça", disse.
A manifestação, organizada para protestar contra um pastor integrista americano que queimou o Corão, tinha começado às 13h (6h de Brasília), após a tradicional oração desta sexta-feira.
Os manifestantes fizeram uma declaração exigindo que o governo afegão "rompa qualquer ligação diplomática com os Estados Unidos se eles não julgarem o pastor que queimou o Corão".
Na noite de domingo passado, o pastor evangélico americano Terry Jones queimou um exemplar do Corão no interior de sua igreja em Gainesville, Flórida. 
Jones celebrou um "julgamento" no interior de sua igreja no qual o livro sagrado dos muçulmanos foi declarado "culpado" de vários delitos, entre eles, assassinato. Em seguida, queimou o exemplar.
*Com informações da AFP e da Reuters

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