A possível mudança do cenário religioso brasileiro tendo em vista a emergência da assim chamada "nova classe média" é discutida por Brenda Carranza, Joel Portella Amado, Jorge Claudio Ribeiro, Leonildo Silveira Campos, Lucia Ribeiro e Silvia Fernandes.
Brenda Carranza, professora na PUC-Campinas, atribui o avanço neopentecostal ao preenchimento de vazios deixados pelas instituições religiosas em geral, e pelo catolicismo em particular.
Joel Portella Amado, professor na PUC-Rio, considera que um bom caminho espiritual para as chamadas novas classes médias passa não apenas por relações fraternas entre os membros das comunidades, mas também pelo contato direto com os crucificados da terra e, pensando ecologicamente, com a Terra crucificada.
Na visão de Jorge Claudio Ribeiro, professor na PUC-SP, a ascensão econômica e cultural dos brasileiros vai gerar uma nova postura frente às religiões.
Leonildo Silveira Campos, professor na Umesp, identifica no cenário atual o surgimento de um tipo de religiosidade nômade, de uma espiritualidade sem igreja, que mantenha com mais força o interesse e experiência individual de cada um.
Já a socióloga Lucia Ribeiro aponta que entender as necessidades específicas da chamada nova classe média é um desafio para as religiões.
A socióloga Silvia Fernandes, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, defende que as Igrejas que pretendem recuperar os seus fiéis devem estar atentas às demandas desses indivíduos e atuar numa lógica de apoio, solidariedade e presença e menos numa lógica normativa e tradicionalista.
Carlos Roberto Velho Cirne-Lima, filósofo gaúcho, recentemente celebrou o seu 80º aniversário. Nesta edição ele narra a sua trajetória acadêmica, profissional e pessoal.
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