A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, voltou a pedir
hoje (25/02) o fim da violência na Líbia, à medida que aumentam os relatos de repressão às manifestações pacíficas, com assassinatos, prisões arbitrárias, detenções e torturas de manifestantes. Numa Sessão Especial do Conselho de Direitos Humanos em Genebra (Suíça), Pillay lembrou que a Líbia faz parte do Conselho e se comprometeu a respeitar os direitos humanos, assinando vários tratados internacionais de direitos humanos.
“Mais precisa ser feito. Peço a todos os atores internacionais que tomem as medidas necessárias para parar o derramamento de sangue”, disse Pillay na Sessão Especial. Além disso, uma declaração
foi entregue em nome de todos os peritos independentes de direitos humanos do Conselho endossando o pedido de Pillay por um inquérito internacional sobre a violência no país, ressaltando que a comunidade internacional “deve agir sem atrasos” para proteger os civis de graves violações dos direitos humanos.
Ainda que incertos e difíceis de verificar, os relatos apontam que forças líbias estão atirando em manifestantes e transeuntes, cercando bairros e bloqueando ambulâncias para que os feridos e mortos sejam deixados nas ruas. Médicos disseram que estão lutando para enfrentar a falta de estoque de sangue e remédios para tratar dos feridos.
Também foram reportados assassinatos cometidos por combatentes estrangeiros, supostamente trazidos para o país e equipados com armas pelo Governo para reprimir os protestos. O Escritório do Alto Comissariado tem recebido relatos de que alguns libaneses estão se voltando contra refugiados e migrantes de outros países africanos, suspeitando de serem mercenários lutando pelo Governo.
Pillay salientou que a segurança de todos os cidadãos estrangeiros deve ser assegurada e que a liberdade circulação das pessoas que desejam deixar o país deve ser plenamente respeitada e protegida.
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