A iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento não foi libertada, ao contrário do que foi divulgado na quinta (09), por uma ONG iraniana, afirmou o canal de televisão iraniano Press-TV, em sua página de internet.
O Comitê Internacional contra o apedrejamento, cuja sede é em Berlim, anunciou a libertação de Sakineh. Seu caso foi revelado em julho e provocou uma onda de solidariedade e mobilização a seu favor nos países ocidentais.
Junto com o anúncio, foram divulgadas várias fotos da suposta Sakineh, chorando, com um de seus filhos.
“Contrariamente da vasta campanha dos meios de informação ocidentais, segundo os quais, a senhora Mohammadi-Ashtiani, assassina confessa, foi libertada, as fotos foram feitas quando uma equipe de produção da Press-TV acompanhava a senhora Ashtiani a sua casa, com a aprovação da justiça, para a filmagem de uma reconstituição da cena do crime”, explicou o canal.
O Comitê Internacional contra o apedrejamento, cuja sede é em Berlim, anunciou a libertação de Sakineh. Seu caso foi revelado em julho e provocou uma onda de solidariedade e mobilização a seu favor nos países ocidentais.
Junto com o anúncio, foram divulgadas várias fotos da suposta Sakineh, chorando, com um de seus filhos.
“Contrariamente da vasta campanha dos meios de informação ocidentais, segundo os quais, a senhora Mohammadi-Ashtiani, assassina confessa, foi libertada, as fotos foram feitas quando uma equipe de produção da Press-TV acompanhava a senhora Ashtiani a sua casa, com a aprovação da justiça, para a filmagem de uma reconstituição da cena do crime”, explicou o canal.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (09), Mina Ahadi, porta-voz do Comitê contra a Lapidação, disse que a possível libertação de Sakineh Mohammadi Ashtiani e de outras pessoas ligadas a ela é um “sucesso histórico para a humanidade”.
“Não há palavras para expressar nossa alegria. O pensamento de que ela pode abraçar seus filhos na segurança da sua própria casa e dormir profundamente essa noite é maravilhoso. Este é um sucesso histórico para a humanidade. Mostra que, quando milhões de pessoas estão juntas, elas podem salvar vidas preciosas e parar o impensável”, diz ela em um trecho da nota do Comitê contra Lapidação.
Ahadi foi quem divulgou para agências de notícias internacionais nesta quinta-feira, a informação de que a iraniana, acusada de adultério e condenada à morte por apedrejamento, havia sido libertada. Além de Sakineh, seu filho Sajjad e dois jornalistas alemães que protestaram contra a sentença da iraniana também teriam sido soltos.
“A notícia da libertação de Sakineh Mohammadi Ashtiani, seu filho Sajad Ghaderzadeh e os dois jornalistas alemães é reconfortante para os comitês internacionais contra o apedrejamento e execução e para todos aqueles que lutaram pela liberdade de Sakineh”, diz outro trecho da nota.
Ainda no comunicado, Mina Ahadi disse que “a liberdade de Sakineh deve ser o começo do fim do apedrejamento no Irã e em todo lugar”.
Autoridades iranianas ainda não comentaram a informação. Para Maria Rohaly, coordenadora da “Missão Irã Livre”, apesar da boa notícia, o momento pede cautela.
“Há informações contraditórias sobre isso [a libertação]. Devemos permanecer cautelosos com essa notícia por enquanto”, comentou.
“Recebemos informações de que estariam livres, mas ainda estamos tentando confirmar a notícia”, disse Ahmad Fatemi, representante do Comitê Internacional Contra a Execução.
O caso
Presa desde 2006, a viúva Sakineh foi inicialmente condenada à pena de morte por apedrejamento por ter traído seu marido.
A sentença foi suspensa neste ano depois que vários grupos de direitos humanos protestaram contra a punição e fizeram, ao lado de países como Estados Unidos, França e Reino Unido, contrários à execução, uma forte pressão internacional sobre o Irã.
Segundo a lei islâmica, em vigor no Irã desde a revolução de 1979, o adultério pode ser punido com a morte por apedrejamento, e crimes como assassinato, estupro, roubo a mão armada, apostasia e tráfico de drogas são todos punidos com a morte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu asilo a Sakineh em julho, levando a uma constrangedora recusa pública da oferta pelo Irã, que disse que Lula é "uma pessoa humana e sensível", mas não tinha conhecimento de todos os fatos.
Só em 2009, o Irã executou 388 pessoas –a maioria enforcada–, mais do que qualquer outro país no mundo, até mesmo a China, segundo a Anistia Internacional.
Doze mulheres iranianas e três homens estão no corredor da morte no Irã e aguardam execução por apedrejamento, entre eles, Mariam Ghorbanzadeh, 25, o Irã Iskandari, 31, Kheyrieh Valania, 42, Sarimeh Sajadi, 30, Kobra Babaei, e Afsaneh R.
*Com informações das agências AFP e Reuters
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