segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Rito De Exu O Guardião da Era Dourada - OICD

Aranauan, Saravá meus irmãos planetários!

Conforme divulgamos na última semana, a FTU (Faculdade de Teologia Umbandista) – primeira faculdade de teologia das religiões afro-brasileiras do mundo – autorizada e credenciada pelo MEC (Ministério da Educação) realizou o seu tradicional Rito de Exu - O Guardião da Era Dourada das Encruzilhadas da Vida e do Destino. O rito, sempre significativo, ficou marcado por dois pontos que gostaria de comentar neste texto.

O primeiro trata-se da grande presença popular e sacerdotal no evento. Mais de duas mil pessoas estiveram presentes para confraternização e louvação de Exu. Contamos também com a presença de sacerdotes e sacerdotisas de todas as regiões do país e sacerdotes do MERCOSUL (Uruguai) que muito nos honraram.

Todos os Estados do Sul (Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina); do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais); do Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás); do Norte (Amapá); Nordeste (Ceará, Piauí, Alagoas, Pernambuco) estavam lá na FTU e participaram ativamente do Rito. Cada um com as suas diferenças, cada um carregando a sua Tradição; porém todos dialogando pelos seus pontos de semelhança os quais Pai Rivas, com sua sabedoria e vivência sacerdotal, conseguiu concretizar no ritual. Afirmamos com alegria e plena convicção que não só ouvimos naquele dia sobre convivência pacífica, nós a vivenciamos.

Alguns irmãos poderiam nos perguntar como a FTU conseguiu reunir tantas pessoas em número, pois foi o rito com o maior número de presentes; e representação, várias Escolas de vários locais do Brasil e fora dele. A resposta é simples. Estes nobres pais e mães de santo já conheciam o trabalho sério que é desenvolvido pela FTU.  Muitos participaram das vídeo-conferências com Pai Rivas pela FTU, alguns também são coordenadores de pólos telepresenciais dos cursos de extensão. Estes dirigentes se deslocaram quilômetros, pois acreditam na proposta da FTU. Confiam e trabalham firme pela causa em uma parceria que respeita as diferenças e valoriza as semelhanças.

O segundo ponto que gostaríamos de destacar é a ação promovida pela FTU com a prefeitura de SP. A faculdade formalizou e foi atendida pela CET-SP (Companhia de Engenharia de Tráfego) para o fechar a Avenida Santa Catarina no trecho onde ela está localizada. Isto mostra um diálogo pacífico com o poder público. Esta ação muito bem organizada rendeu frutos para o rito. Tão logo o Exu ... incorporado no Pai Rivas chegou no reio, levou toda a comunidade para a rua. E uma vez lá, em perfeita segurança garantida pelas firmezas da casa e o apoio da prefeitura de São Paulo, todos os presentes dos dois lados da vida vivenciaram um rito de Axé.

O Exu... provou mais uma vez que os Ancestrais da Kimbanda são o povo da rua. Mas a rua em um sentido mais profundo do que se possa inicialmente imaginar. A rua é o lugar onde todos transitam independente das condições sociais ou econômicas. Quem está “preso” não pode caminhar na rua. Logo, Exu trabalhou pela liberdade e inclusão total. No ato rito-litúrgico de trabalhar na rua, Exu também nos ensina que o templo para as entidades não está limitado por quatro paredes. O terreiro da Umbanda e da Kimbanda é o próprio mundo .

E deixa a Gira girar!

Em tempo. Dentro de poucos dias disponibilizaremos as fotos do Rito.


Aranauan, Saravá Fraternal,
Yabauara (João Luiz Carneiro)
Discípulo de Mestre Arhapiagha (Pai Rivas)





"Aranauam a todos

   Não poderia também deixar de externar minha alegria em ter participado desse acontecimento histórico. Como é tradicional e marca registrada dos irmãos da FTU, o evento brilhou (como sempre) pela organização, disciplina e gentileza de todos trabalhadores. Salta aos olhos a alegria, o amor e o comprometimento que todos tem com a causa. Impecável.
   Tive a oportunidade de conversar com várias pessoas de vários locais diferentes e todos estavam radiantes por estarem ali vivenciando de forma explícita a unidade na diversidade. Todos se identificaram uns nos outros apesar das roupagens e formas diferentes. Naquele momento mágico cessaram as individualidades do Pedro, Paulo, Maria... existia apenas o filho das religiões Afrobrasileiras, apenas isso era importante. Como é bom ficar feliz com a felicidade do outro! Me lembro que em um dos textos de Pai Rivas,  ele falava em diminuir a distância entre centro e a periferia e aproximar o desejável do possível. Na hora que estávamos todos ali no meio da rua tive a certeza que era exatamente isso que estava ocorrendo...
   Só mesmo alguém com a vivência e conhecimento de causa de Pai Rivas e sua capacidade de realização poderiam conduzir um rito tão vibrado, em que todas as escolas se sentissem representadas.

  Ficam as perguntas: Onde estão aqueles que duvidaram do que poderia realizar a FTU? Onde estão aqueles que duvidaram da proposta de Pai Rivas de aproximar pelas semelhanças, mesmo reconhecendo as diferenças?

   Pois é... a verdade é parceira do tempo e ambas mostraram sua face..."

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