Dois renomados jornalistas da TV Cultura, tutelada pelo governo paulista, foram demitidos nos últimos dias: Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli. Por mera coincidência, ambos questionaram os abusivos pedágios cobrados nas rodovias privatizadas do estado. A mídia demotucana, que tanto bravateia sobre a “liberdade de expressão”, evita tratar do assunto, que relembra a perseguição e a censura nos piores tempos da ditadura. Ela não vacila em blindar o presidenciável José Serra.
Heródoto Barbeiro, apresentador do programa Roda Viva, foi demitido após perguntar, ao vivo, sobre os altos pedágios. O ex-governador Serra, autoritário e despreparado, atacou o jornalista, acusando-o de repetir o “trololó petista”. Heródoto será substituído por Marília Gabriela, uma das estrelas da Rede Globo. Já Gabriel Priolli, que assumira a função de diretor de jornalismo da TV Cultura apenas uma semana antes, foi sumariamente dispensado ao pautar uma reportagem sobre o “delicado” assunto, que tanto incomoda e irrita os tucanos.
Risco à liberdade de expressão
Sua equipe chegou a entrevistar Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante, candidatos ao governo paulista. Mas pouco antes de ser exibida, a reportagem foi suspensa por ordens do novo vice-presidente de conteúdo da emissora, Fernando Vieira de Mello. “Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre viagens dos candidatos” e “Priolli foi demitido do cargo”, relata o sempre bem informado Luis Nassif, que também foi alvo de perseguições na TV Cultura.
Entre os jornalistas, não há dúvida de que mais estas demissões foram ordenadas diretamente por José Serra. Nas redes privadas de rádio e TV e nos jornalões e revistonas, o grão-tucano goza de forte influência. Ele costuma freqüentar as confortáveis salas dos barões da mídia. Ele também é conhecido por ligar para as redações exigindo a cabeça de repórteres inconvenientes. Depois os tucanos e a sua mídia ainda falam nos ataques à liberdade de expressão no governo Lula.
“Para quem ainda têm dúvidas, a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder da mídia, que já tem o poder de Estado”, alerta Nassif. Aguarda-se, agora, algum pronunciamento de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli sobre o ditador José Serra, para o bem da dignidade dos jornalistas e do jornalismo.
NOTA COMPLEMENTAR DA REDAÇÃO
Matéria original do blog do Luis Nassif, 08/07/2010 às 22h25, você encontra abaixo:
“Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura.
Ontem [quarta 07], planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.
Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.
Hoje, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana. Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.
Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.”
Heródoto Barbeiro, apresentador do programa Roda Viva, foi demitido após perguntar, ao vivo, sobre os altos pedágios. O ex-governador Serra, autoritário e despreparado, atacou o jornalista, acusando-o de repetir o “trololó petista”. Heródoto será substituído por Marília Gabriela, uma das estrelas da Rede Globo. Já Gabriel Priolli, que assumira a função de diretor de jornalismo da TV Cultura apenas uma semana antes, foi sumariamente dispensado ao pautar uma reportagem sobre o “delicado” assunto, que tanto incomoda e irrita os tucanos.
Risco à liberdade de expressão
Sua equipe chegou a entrevistar Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante, candidatos ao governo paulista. Mas pouco antes de ser exibida, a reportagem foi suspensa por ordens do novo vice-presidente de conteúdo da emissora, Fernando Vieira de Mello. “Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre viagens dos candidatos” e “Priolli foi demitido do cargo”, relata o sempre bem informado Luis Nassif, que também foi alvo de perseguições na TV Cultura.
Entre os jornalistas, não há dúvida de que mais estas demissões foram ordenadas diretamente por José Serra. Nas redes privadas de rádio e TV e nos jornalões e revistonas, o grão-tucano goza de forte influência. Ele costuma freqüentar as confortáveis salas dos barões da mídia. Ele também é conhecido por ligar para as redações exigindo a cabeça de repórteres inconvenientes. Depois os tucanos e a sua mídia ainda falam nos ataques à liberdade de expressão no governo Lula.
“Para quem ainda têm dúvidas, a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder da mídia, que já tem o poder de Estado”, alerta Nassif. Aguarda-se, agora, algum pronunciamento de Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli sobre o ditador José Serra, para o bem da dignidade dos jornalistas e do jornalismo.
NOTA COMPLEMENTAR DA REDAÇÃO
Matéria original do blog do Luis Nassif, 08/07/2010 às 22h25, você encontra abaixo:
“Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV Cultura.
Ontem [quarta 07], planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se pronunciando.
Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura, Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.
Hoje, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana. Semana passada foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.
Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.”
Censura na TV Cultura a mando de José Serra, candidato à Presidência
pelo PSDB]Dois renomados jornalistas da TV Cultura, tutelada pelo governo
paulista, foram demitidos nos últimos dias: Heródoto Barbeiro e Gabriel
Priolli. Por mera coincidência, ambos questionaram os abusivos pedágios
cobrados nas rodovias privatizadas do estado. A mídia demotucana, que tanto
bravateia sobre a “liberdade de expressão”, evita tratar do assunto, que
relembra a perseguição e a censura nos piores tempos da ditadura. Ela não
vacila em blindar o presidenciável José Serra.
Heródoto Barbeiro, apresentador do programa Roda Viva, foi demitido após
perguntar, ao vivo, sobre os altos pedágios. O ex-governador Serra,
autoritário e despreparado, atacou o jornalista, acusando-o de repetir o
“trololó petista”. Heródoto será substituído por Marília Gabriela, uma das
estrelas da Rede Globo. Já Gabriel Priolli, que assumira a função de diretor
de jornalismo da TV Cultura apenas uma semana antes, foi sumariamente
dispensado ao pautar uma reportagem sobre o “delicado” assunto, que tanto
incomoda e irrita os tucanos.
*Risco à liberdade de expressão*
Sua equipe chegou a entrevistar Geraldo Alckmin e Aloizio Mercadante,
candidatos ao governo paulista. Mas pouco antes de ser exibida, a reportagem
foi suspensa por ordens do novo vice-presidente de conteúdo da emissora,
Fernando Vieira de Mello. “Tiveram que improvisar uma matéria anódina sobre
viagens dos candidatos” e “Priolli foi demitido do cargo”, relata o sempre
bem informado Luis Nassif, que também foi alvo de perseguições na TV
Cultura.
Entre os jornalistas, não há dúvida de que mais estas demissões foram
ordenadas diretamente por José Serra. Nas redes privadas de rádio e TV e nos
jornalões e revistonas, o grão-tucano goza de forte influência. Ele costuma
freqüentar as confortáveis salas dos barões da mídia. Ele também é conhecido
por ligar para as redações exigindo a cabeça de repórteres inconvenientes.
Depois os tucanos e a sua mídia ainda falam nos ataques à liberdade de
expressão no governo Lula.
“Para quem ainda têm dúvidas, a maior ameaça à liberdade de imprensa que
esse país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça,
Serra juntasse ao poder da mídia, que já tem o poder de Estado”, alerta
Nassif. Aguarda-se, agora, algum pronunciamento de Heródoto Barbeiro e
Gabriel Priolli sobre o ditador José Serra, para o bem da dignidade dos
jornalistas e do jornalismo.
*NOTA COMPLEMENTAR DA REDAÇÃO*
*Matéria original do blog do Luis Nassif, 08/07/2010 às 22h25, você encontra
abaixo:*
“Há uma semana, Gabriel Priolli foi indicado diretor de jornalismo da TV
Cultura.
Ontem [quarta 07], planejou uma matéria sobre os pedágios paulistas. Foram
ouvidos Geraldo Alckmin e Aluizio Mercadante, candidatos ao governo do
estado. Tentou-se ouvir a Secretaria dos Transportes, que não quis dar
entrevistas. O jornalismo pediu ao menos uma nota oficial. Acabaram não se
pronunciando.
Sete horas da noite, o novo vice-presidente de conteúdo da TV Cultura,
Fernando Vieira de Mello, chamou Priolli em sua sala. Na volta, Priolli
informou que a matéria teria que ser derrubada. Tiveram que improvisar uma
matéria anódina sobre as viagens dos candidatos.
Hoje, Priolli foi demitido do cargo. Não durou uma semana. Semana passada
foi Heródoto Barbeiro, demitido do cargo de apresentador do Roda Viva devido
às perguntas sobre pedágio feitas ao candidato José Serra.
Para quem ainda têm dúvidas: a maior ameaça à liberdade de imprensa que esse
país jamais enfrentou, nas últimas décadas, seria se, por desgraça, Serra
juntasse ao poder de mídia, que já tem, o poder de Estado.”
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Palavras-chave: Gabriel
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Texto publicado em 09/07/2010 às 19:22 na(s)
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